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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Seminário Dança no ES reúne comunicações e debates de agentes da dança no estado

 Em três dias de evento, 27 comunicadores participarão de mesas virtuais; público poderá participar dos debates.

Primeiro seminário de dança no Espírito Santo, o Seminário Dança no ES, realizado pelo portal Dança no ES, trará 27 comunicações, distribuídas em nove mesas ao longo dos dias 23, 24 e 25 de julho (de sexta a domingo). Os participantes, que são artistas, produtores e agentes da dança no estado, apresentarão relatos e registros de processos criativos, metodologias, experiências docentes, pesquisas e reflexões sobre seus fazeres em dança. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do portal Dança no ES no YouTube, e o público poderá participar dos debates através do chat.

A idealizadora e coordenadora do Seminário, Ivna Messina, explica que as mesas foram organizadas de acordo com a possibilidade de diálogo e afinidade entre as propostas apresentadas no ato da inscrição. Cada mesa terá duração total de duas horas, sendo que cada participante terá 20 minutos de fala inicial, antes de se abrir para o debate.

O Seminário tem como princípio promover encontros de diálogo, reflexão e registro da produção da dança no estado do Espírito Santo”, afirma Ivna. Entre os oradores, estão agentes da dança de diferentes cidades do estado, como Vitória, Vila Velha, Mucurici, São Mateus, Anchieta, Domingos Martins, Cachoeiro de Itapemirim e Serra. Após a realização do evento, os registros escritos das pesquisas apresentadas poderão ser acessados e consultados no Banco de Textos do portal Dança no ES.

Seminário Dança no ES é uma realização do portal Dança no ES e faz parte do projeto de manutenção do site contemplado pelo Edital Setorial de Dança da Secult ES/Funcultura 030/2019.

 

Dança na Roda, edição de 2016: precursor do Seminário Dança no ES. Foto: Maria Fernanda Araújo.

Confira, abaixo, a programação completa do Seminário Dança no ES:

 

SEXTA-FEIRA (23/07)

MESA 01 – Experiências da Docência – 9h às 11h:

- “A neurodança no desenvolvimento motor e cognitivo de uma criança diagnosticada com TEA: um estudo de caso”, de Aline Ribeiro da Silva;

- “Sob o efeito do olhar invertido”, de Liliani Cunha;

- “Um estudo sobre os fatores emocionais para a escolha do ballet clássico como atividade prática pelo indivíduo adulto”, de Geraldine Cerutti.

 

MESA 02 – Tradição e Criação – 14h às 16h:

- “Saberes do Jongo: uma experiência da Cia. de Dança Andora/Ufes”, de Renata Marques;

- “Àiìmí - um corpo em ancestralidade”, de Jadson Lucas Afonso;

- “A dança do casal mestre-sala e porta-bandeira: antes do primeiro movimento”, de Marina Zanchetta.

 

MESA 03 – Processos Criativos em Diálogo – 19h às 21h:

- “Teatro Urgente: no eixo do teatro pós-dramático. A montagem de ‘Um Corpo que Cai’”, de Marcelo Ferreira;

- “Sobre dramaturgismos”, de Leonardo Dariva;

- “O processo criativo no surgimento da interseção arte-dança na cena capixaba”, de Julia Bolsanelo.

 

SÁBADO (24/07)

MESA 04 – Gênero e Dança – 9h às 11h:

- “Bem Guardado: um espetáculo de dança contemporânea”, de Marcelo Oliveira;

- “Masculinidade e dança: reflexão sobre o tema”, de Aline Canavese;

- “Hip-hop tem mãe?”, de Yuri Satélite.

 

MESA 05 – Corpo Virtual – 14h às 16h:

- “Interfaces entre ecoperformance e vídeo-documentário no processo de criação de Corpo-Rio”, de Weber Cooper;

- “Vídeo dança: diálogos sobre o corpo ciborgue, cinema experimental e comunicação contemporânea”, de Bárbara Galvão;

- “Isso é um teste”, de Flávia Dalla.

 

MESA 06 – Trajetórias em Primeira Pessoa – 19h às 21h:

- “Estirpe: as raízes de Mucurici”, de Fabrício de Jesus;

- No retrato que me faço: o ir e vir entre a formação de bailarina e a docência com a dança”, de Patrícia Miranda;

- Comissão de frente: avaliando seus lados positivos e negativos”, de Luciano Coelho.

 

DOMINGO (25/07)

MESA 07 – Dança e Saúde – 9h às 11h:

- “Dança e promoção de saúde”, de Liviane Pimenta;

- “Dança e cognição”, de Lu Braga;

- “Prevenção de lesões em dança”, de Sandra Motta.

 

MESA 08 – Potências do Corpo que Dança – 14h às 16h:

- “Insights criativos”, de Eliane Miranda;

- “Seu corpo dança?”, de Alexsandra Bertoli;

- “Evocar”, de Vitória Dornelas.

 

MESA 09 – Dança e Reinvenção – 19h às 21h:

- “Dança Butoh: convite de um corpo aberto”, de Abou Mourad;

- “Corpo transgressor feminino: a arte da dança como ferramenta auxiliar no despertar de uma rosa vermelha”, de Rosemery Casoli;

- “Dance Fusion: como descolonizar um corpo?”, de Yuriê Perazzini.

  

SERVIÇO

SEMINÁRIO DANÇA NO ES

23, 24 e 25 de julho (de sexta a domingo)

Das 9h às 11h; 14h às 16h; e 19h às 21h

Através do canal do Dança no ES no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCCgda2tmFgJKT44Oy2B0I4A

Gratuito

 

Portal Dança no ES:

Site: http://www.dancanoes.com.br/

Instagram: https://www.instagram.com/portaldancanoes/

Facebook: https://www.facebook.com/dancaes/

quinta-feira, 15 de abril de 2021

SEMINÁRIO DANÇA NO ES /// Inscrições abertas!

 Estão abertas de 15 de abril a 16 de maio de 2021 as inscrições para participar do Seminário Dança no ES.

Seminário Dança no ES acontecerá no dias 23, 24 e 25 de julho de 2021.

O SEMINÁRIO DANÇA NO ES é uma proposta de encontro em formato virtual realizada pelo portal Dança no ES e faz parte do projeto de manutenção do site contemplado pelo Edital Setorial de Dança da Secult ES/Funcultura 030/2019.


O evento tem como objetivos reunir agentes da dança do estado do Espírito Santo que tenham interesse em compartilhar suas pesquisas teóricas e práticas entre seus pares e com a comunidade e ampliar o registro e a difusão da dança local.


O evento acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de julho de 2021 (sexta, sábado e domingo), ainda em horários a definir, e selecionará propostas de comunicação de agentes da dança do estado do Espírito Santo, em formato de artigo, ensaio ou relato de experiência, que abordem as mais diversas pautas relacionadas à dança, como produção artística, educação, recortes de raça e gênero, transversalidades e outras mais que possam emergir das inscrições.


O evento será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Dança no ES, e as mesas serão organizadas de acordo com a afinidade dos assuntos selecionados.


Acesse a FICHA DE INSCRIÇÃO clicando aqui.

Acesse ao REGULAMENTO clicando aqui.



Contamos com a participação de vocês!


Equipe Dança no ES

terça-feira, 3 de maio de 2016

2° Dança na Roda

Encontro reuniu Afro e Danças Urbanas em bate-papo protagonizado por Giovana Gonzaga e Yuriê Perazzini




No último dia 23, sábado, o foyer do Teatro Carlos Gomes se transformou em palco para um rico debate sobre dança, atitude, cultura negra e processos de formação e criação. O segundo Dança na Roda contou com a participação das artistas e professoras Giovana Gonzaga, da Cia NegraÔ, e Yuriê Perazzini, das Danças Urbanas, além de um público diversificado, entre dançarinos, estudantes, pesquisadores e interessados no tema. O encontro fez parte do “Processos 012”, evento realizado por projetos contemplados pelo edital de Artes Cênicas da Secult, e deu continuidade às rodas de bate-papo propostas pelo Portal Dança no ES. A terceira e última edição do Dança na Roda acontecerá no dia 7 de maio, às 15h, no mesmo local, com a presença da performer Rubiane Maia e da bailarina e atriz Carla Van Den Bergen, do Grupo Z de Teatro.


Atualmente na função de direção coreográfica da Cia NegraÔ, Giovana falou sobre seu processo de amadurecimento, que a levou de intérprete para coreógrafa do grupo. Seguindo a referência de trabalho do coreógrafo Gil Mendes, que esteve à frente do grupo por muitos anos, Giovana aposta no trabalho colaborativo. “O NegraÔ é minha essência, minha base de dança, minha escola. Dentro do NegraÔ, fui descobrir a essência do criar. Gil Mendes sempre nos deu essa oportunidade, ele nunca faz um trabalho sozinho”, ressalta.

A artista participou de vários processos criativos, mas considera sua profissionalização, de fato, a partir do NegraÔ. Como coreógrafa do grupo, está em seu segundo trabalho, sendo o primeiro “O Congado”, que, sobre uma base contemporânea, trouxe imagens e figuras do Congo que são pouco vistas e conhecidas. Agora, o grupo encara uma nova etapa em sua trajetória, assim como a própria Giovana. “É um processo novo na minha vida. Eu sempre fui intérprete e, hoje, estou em um processo de também pensar no que significa a dança para mim. A dança realmente é minha vida”, diz.

Com “Negros de todas as cores”, título do novo trabalho, a proposta é buscar outras referências em ritmos e estilos que dialoguem intimamente com a cultura afro, sem perder suas raízes, o que tem, inclusive, colocado o grupo em contato com a própria Yuriê Perazzini na sala de ensaio e pesquisa. “Quando a gente vive a cultura afro, a gente tem tantos caminhos para seguir... Eu acho que é essa busca que estou trazendo para o NegraÔ”, sublinha Giovana.

A diversidade também permeia a concepção de técnica que a coreógrafa utiliza. “Acho a técnica necessária, funcional, mas existem muitos corpos. Cansei desse mundinho do padrão corporal, acho que cada corpo tem um processo de criar”, aponta. Do mesmo modo, investe em novas leituras em seu projeto paralelo, a Cia de Dança Alfazema, na qual trabalha com a dança afro buscando suavidade e leveza, sem o peso e o impacto característicos de sua versão tradicional.


Na batida das ruas


Padrão também foi algo em que Yuriê Perazzini nunca acreditou. Desde muito cedo, a artista começou a buscar o que a movia – literalmente. Aos cinco anos, entrou para o ballet, onde não ficou mais que duas semanas. “Eu era muito agitada! Fui para o jazz e fiquei alguns anos. Depois de um tempo, também não conseguia mais me encaixar nele, eu fazia uns movimentos muito diferentes”, conta.

Já adolescente, Yuriê entrou para o Vitória Street Dance, grupo dirigido por Lalau Martins (a quem Yuriê rendeu homenagens e agradecimento durante sua fala), e iniciou sua carreira nas danças urbanas. A partir daí, acumulou experiências, colecionou referências nacionais e internacionais na área, conheceu pessoas e foi para o mundo. Com Zênia Cáo, formou uma dupla e viajou em busca de mais conhecimento. Yuriê fez cursos em São Paulo, pesquisou na Jamaica e na África, entre outros lugares, e encontrou um universo muito maior do que esperava. “Conheci uma galera em São Paulo, fizemos um intensivo lá. Tivemos que começar praticamente do zero, não sabíamos fundamentos, nomes dos tipos de dança”, diz.

A cada descoberta de um novo estilo de dança urbana, Yuriê conta que chorava, uma vez que descobria, aos poucos, a si mesma. Com o tempo e sua constante busca por saber mais, a artista se pôs em contato com diversas vertentes, a exemplo do ragga jam, que, como ela explica, é uma fusão de danças jamaicanas com hip hop. “Fiquei dois anos na equipe Ragga Jam Brasil, tinha que ir para São Paulo de dois em dois meses”, lembra.

Diante das dificuldades que encontrava e do desejo de investir no próprio Estado, Yuriê deu início à UDES (União de Dançarinos do Espírito Santo) e, juntamente com parceiros, a exemplo de Priscila Foquinha (in memorian), tocou o projeto adiante, com encontros mensais, inicialmente sem nenhum apoio financeiro. Os Encontros de Danças Urbanas, promovidos pela UDES, existem há sete anos e acontecem até hoje, todo terceiro sábado do mês.

Além disso, a artista falou do lançamento recente de um novo projeto, o Casu (Casa Urbana), que pretende dedicar aulas específicas para cada um dos estilos de dança urbana, que, como ela explica, são vários. “É começar a entender as especificidades e a riqueza que existem nas danças urbanas. Eu tenho paixão por essa cultura e é fundamental esse olhar de que cada tipo de dança tem sua importância”, destaca.

Yuriê sempre foi plural. Com formação também na capoeira e no curso de graduação em Educação Física, ela experimentou diversas linguagens de dança para compor o que hoje é seu trabalho. Foi pioneira do flash mob no Estado, tem consciência da sua responsabilidade social como educadora, difusora e fundadora da cultura das danças urbanas no Estado, e se coloca no lugar do underground (no sentido do não acadêmico), mesmo sabendo que ocupar espaços é preciso. “Pego firme na questão de que tem que ir para o teatro, sim; tem que ir para o lugar da galera rica, sim; tem que trazer a galera rica junto com os pobres, sim”, afirma.



Processos e encontros


O encontro das duas artistas da dança tem sido produtivo para além da Roda. Giovana contou que Yuriê foi uma parte importante no novo processo de pesquisa e criação do NegraÔ, que deverá abordar também as danças urbanas, funk, kuduro, entre outros ritmos, sem perder o tom da dança afro, característica principal do grupo.

“Não deixamos nossa essência, mas vejo várias vertentes na cultura afro, vindas do gueto, da comunidade. Estou muito feliz de ver o NegraÔ poder subir ao palco e representar guetos. A galera está trabalhando com o passinho. Quem já assistiu ao passinho no palco? É pouco!”, observa Giovana. “Negros de todas as cores” surgiu de uma das bailarinas do grupo, que sonhou com o título, e apenas isso. A partir daí, iniciou-se todo o processo de criação.

Giovana explicou que, tradicionalmente, a dança afro tem suas bases nas matrizes africanas, com dança dos orixás, samba reggae, afro contemporâneo, além de possuir uma energia muito forte do dançarino com o chão. Muitos movimentos surgem, por exemplo, inspirados nas atividades cotidianas de negros escravizados, como o trabalho de lavar, socar, assim como sua relação com as divindades. Cria-se, portanto, uma célula coreográfica, mas cada indivíduo, de acordo com seu repertório, encontra sua maneira de se movimentar.

“Adoro o corpo cru, ele tem muito o que mostrar, não gosto tanto do vício. Por isso, estamos trazendo uma nova roupagem. Cada corpo vai em busca daquilo que entende”, pontua Giovana, que, como profissional, gosta de ver a transformação dos corpos ao longo do trabalho. As mesclas que fazem parte do novo processo deverão marcar, inclusive, a própria passagem do grupo. “A gente quer ousar tanto em movimento quanto em história. O NegraÔ tem esse direito, não existem limitações. A gente vai experimentar porque faz parte da nossa cultura”, acrescenta a coreógrafa.

Sem sair do universo de uma cultura de legítima influência negra, o processo criativo de Yuriê nas danças urbanas também conta com uma mistura de linguagens. Ela explica que cada ritmo tem sua marcação, suas bases de movimento, mas, quando cria, costuma partir de um ponto de vista pessoal, que inclui até seu histórico com a capoeira. Influências de berimbau, atabaques, batuques, batimentos cardíacos, traços gays extraídos de revista de top model, tudo isso já foi elemento de criação para a artista.




O Dança na Roda é um evento gratuito, promovido pelo Portal Dança no ES, que pretende reunir público e artistas locais para compartilharem suas experiências criativas. As rodas acontecem no foyer do Teatro Carlos Gomes, das 15h às 18h, e é aberta a todos interessados pelo tema. Até a próxima!





sexta-feira, 29 de abril de 2016

Papo Reto com Lalau Martins

Entre o palco e a rua, na origem das danças urbanas no Estado, Lalau Martins identifica seu espaço e conta sua história para o Dança no ES


Com samba correndo nas veias desde criança, seria muito difícil que o popular e o urbano estivessem distantes da carreira de Lalau Martins, artista precursora das danças urbanas no Estado e coreógrafa da Mocidade Unida da Glória (MUG). Muito jovem e dotada de nítida habilidade corporal, Lalau começou na ginástica olímpica, passou pelo basquete (em ambos os esportes, foi atleta), até chegar definitivamente à dança. Já como professora, a artista se aproximou da dança de rua, na qual decidiu se especializar. Começou a dar aulas em academias de Vitória, algo que não se via na época, uma vez que o break existia no Estado de forma restrita a manifestações espontâneas em parte da periferia. Lalau fundou o grupo Vitória Street Dance (Cia VSD) há 19 anos, o primeiro na modalidade, e levou a dança de rua para os palcos e festivais de dança conhecidos nacionalmente, ganhando grande repercussão. A fim de ampliar espaços de visibilidade na Grande Vitória, a artista criou o Festival de Street Dance, que contou com seis edições até hoje e deverá voltar – ela promete! Lalau Martins, além de trabalhar também com projetos sociais em dança, encontra tempo e espaço para outra paixão: o carnaval. Há quase dez anos na MUG, chegou a coreografar comissões de frente, carros alegóricos e o Samba Show, trabalhos sempre muito bem reconhecidos na área. Para ela, a nota é sempre 10!

Confira a entrevista!



Foto: Thayrone Hideki


DNES: Quais são suas atividades hoje na dança?


Lalau - Eu estou no Projeto Cajun há dez anos. Lá, trabalho com crianças de 6 a 15 anos, com dança de uma forma geral. Também estou em Pedro Canário, faço monitorias lá. Os alunos dançavam, mas não sabiam o que era a técnica. Eu conheci a Fabiana Alves, que coordena o projeto, quando eu fazia o Festival de Street Dance aqui em Vitória. Na ocasião, o grupo dela veio para cá para poder se apresentar e percebi um material humano muito bom na dança. Ela me convidou para ir trabalhar lá só com a turma avançada e aplicando técnicas mesmo. Aos poucos, fomos fazendo uma renovação na dança lá dentro, porque a cultura popular é muito forte lá, então, é meio difícil eles aceitarem a técnica, que é enjoada mesmo. Se você é da área de dança popular, o clássico se torna massacrante. Hoje, o nível da dança deles cresceu muito. Além disso, trabalho com a MUG como coreógrafa.


Conte um pouco sobre sua história. De onde partiu seu interesse pela dança?


A dança, de modo geral, entrou na minha vida pela ginástica olímpica. Aos nove anos, eu comecei a fazer ginástica olímpica na escola. Era uma alemã que dava aula de Educação Física e havia um núcleo muito forte. Quando saí do primário, me viram com esse potencial na aula e me chamaram. Com três meses na equipe da escola, me chamaram para começar a treinar junto com a seleção capixaba e não parei mais. Fui atleta do Estado durante muitos anos, porque, depois da ginástica olímpica, ainda fui para o basquete.

Foi na ginástica olímpica o meu primeiro contato com a dança por causa do solo, nós tínhamos que fazer aulas de clássico para a dança ficar melhor. Fui me interessando pela dança. E minha família adora música, meu pai sempre gostou. Por causa da ginástica, conheci muita gente de outros esportes. A gente fazia muita corrida de 100 metros na pista de atletismo, por causa do salto sobre a mesa (que, antes, era sobre o cavalo), para ter aquela explosão ao saltar. Um técnico de vôlei, que fazia faculdade, tinha que montar um time de basquete e, como me conhecia e via que eu tinha muita velocidade, me chamou também. Eu fui e, depois disso, fiquei no basquete, joguei até uns 35 anos.

Houve um período, quando acabei o segundo grau, que eu falei “não quero só isso, eu quero dançar”. Todo dia, quando ia para o Colégio Nacional, no Centro de Vitória, eu ouvia as músicas de dança da academia Alice Gasparini. Um dia eu subi as escadas, perguntei como era, disse que eu queria fazer aula. Fui fazer aula normal, como iniciante, aí a Alice falou “você não pode ficar nessa turma, você tem a dança muito desenvolvida”. Ela disse “em vez de você fazer só as aulas de jazz, faz todas as aulas que você quiser e eu te dou bolsa aqui, mas não pode faltar”. Assim, eu comecei a fazer clássico, jazz, contemporâneo e afro. Comecei a fazer todas as modalidades que eu podia, cheguei até a turma avançada. Aí ela perguntou se eu queria começar a dar aula. Comecei e foram 12 anos na Alice dando aula.


E o contato com a dança de rua, como se deu?


Nesse período de dar aula na academia, ela falou “por que você não dá uma viajada, vai fazer alguns cursos para conhecer mais”. Fiz curso de ginástica, de ritmos, que envolvia vários ritmos brasileiros, inclusive o street funk, fiz clássico e jazz. Fui fazer muitos cursos em Poços de Caldas (MG). À noite, aconteciam várias apresentações de dança, muito aeróbica, que estava na moda na época. Quando eu vi o Grupo de Dança de Rua do Brasil, falei: “é isso o que eu quero pra minha vida”. Eu já tinha essa coisa do black, do amor pelo Michael Jackson, mas, quando eu vi um grupo verdadeiramente no palco e não num vídeo, aquilo me encantou de uma forma... Aí eu cheguei a Vitória e falei para a Alice “quero me especializar nisso”. Ela disse “se é isso o que você quer, vamos estudar um pouco mais antes de colocar aqui na academia”.

Aqui tinha a periferia com o break, até bem forte, mas não existia aula em academia, nem palco. Guardei uma grana e fui para Santos, tinha que ir para onde estava o grupo estourado no Brasil. Fiz de break até tudo o que você pode imaginar dentro de dança de rua. Quando voltei, abrimos a turma, “bombou”, prejudicou muito a professora de jazz [risos]. Estavam começando a aparecer vídeos na televisão, não teve jeito. Depois, as coisas foram se assentando. A primeira apresentação de dança de rua em Vitória foi com a academia da Alice, no festival dela. Eu saí da academia dela e fui para Karla Ferreira, fui dando aula. Eu, praticamente, só dancei três coreografias de dança de rua, não me lembro de ter dançado mais. Sempre fui dando aula e montando coreografia. Não tinha grupo da minha faixa etária para dançar.


E, então, você montou o Vitória Street Dance com os alunos?


Montei o Vitória Street Dance (Cia VSD) com os alunos avançados, há 19 anos, e, nesse percurso, eu já estava muito envolvida com a dança e a Prefeitura começou a me chamar para dar aulas. Eu não podia porque estava com muitos lugares para dar aula, já que eu também dava jazz, clássico, afro, aula de tudo. Comecei a dar aula para duas turmas à noite em Andorinhas e foi ali que se fortificou o VSD. Já existia o grupo, mas ali que ganhou força porque havia uma base infantil do Vitória Street Dance lá, e a gente já estava em outra academia também. Então, eu fiquei com a turma infantil e com a dos jovens, mais avançados.

Chegou um período em que nós fomos para o Festival Internacional de Hip Hop, em Curitiba, os dois grupos conseguiram se classificar para o festival internacional, tanto o infantil quanto o adulto. E, até hoje, eu tenho aluno que começou lá em Andorinhas e continua comigo.


O Festival de Street Dance surgiu como?


Como eu já tinha o VSD, precisava fazê-los se desenvolverem mais, praticarem mais. Ao mesmo tempo, várias outras escolas já estavam com aulas de dança de rua também, começou a ter outros grupos dançando no bairro. Eu pensei: “está na hora de eu fazer um festival para botar esse povo para dançar”, e não tinha onde dançar a não ser em pracinha. Foi quando eu fiz o primeiro Festival de Street Dance, no Teatro Carlos Gomes, no início dos anos 2000.

Eu pensava que, se eles não tivessem um lugar de respeito para dançar, essa movimentação toda poderia acabar. Eu fiz o festival, foram seis edições de muito sucesso. Ele se expandiu, o interior vinha para dançar com a gente. Fui para Venda Nova, fiquei um tempo dando aula lá também. Depois, você já via, em todos os festivais de escolas de dança, coreografias de street dance. Foi um grande “boom”. Está na hora de voltar com o festival...

Com o meu grupo mesmo, viajei muito para São Paulo, Rio, Curitiba. O VSD ia muito para esses lugares para festivais. Aqui em Vitória, nós passamos uns cinco anos ganhando todos os festivais que havia, inclusive quando tinha modalidades diferentes de dança.

Depois de um tempo, eu retornei com um espetáculo, que também foi uma novidade (nunca tinha tido espetáculo de danças urbanas em Vitória), que foi o “Contemporaneidade em Dança de Rua”, há três anos.


Foi o que vocês fizeram pelo edital da Secult de Residência, né? Como foi esse espetáculo?


Foi ótimo. Foi um trabalho muito árduo para os meninos porque, geralmente, quando o pessoal das danças urbanas chega, principalmente o pessoal de periferia, que tem enraizado o break, eles não abrem o leque de informação (na cabeça), não percebem que, se fizerem outras modalidades, aglutinarem movimentos à dança urbana, podem melhorar o repertório deles como dançarinos. Eu falei “quero que vocês entendam a dança melhor dentro do corpo de vocês, porque, só eu falando, não está dando para entender”.

Conheci o Bruno Duarte, que veio coreografar o grupo, já sabia do trabalho dele como dançarino com o Grupo de Rua de Niterói, que mistura o hip hop, a dança de rua, com o contemporâneo. Eu o chamei, perguntei se ele queria fazer esse trabalho com os meninos – eles já o conheciam e tinham muito respeito pelo trabalho dele. Falei que queria trabalhar com dança de rua e contemporâneo, mais próximo às referências de Pina Bausch e Rudolf Laban. No início, foi muito sacrificante. A primeira rejeição deles foi tirar o tênis para dançar descalço.


Este ano, você vai estrear um novo espetáculo com seu grupo. Como será?


Este ano, é o retorno da Cia Vitória Street Dance (VSD) com o espetáculo novo. A previsão para estreia é agosto. Esse espetáculo será bem alegre. O Contemporaneidade, que foi o primeiro espetáculo, era mais intimista. Os meninos tinham vergonha de se mostrar, então, nós procuramos usar essa introspecção deles e jogar com isso. Esse não, é bem pra cima, com muita coreografia atualizada, tem um trecho com bastante afro, que é o afro house, que eles gostam de dançar. Eu acho que o afro house tem muito a ver com o Brasil, a velocidade do house associada aos movimentos do afro é algo muito bom.


Como você vê a referência que eles trazem do espetáculo anterior para esse agora? É um processo que teve continuidade ou você está partindo de outra premissa?


Antes, eles não coreografavam, tinham medo, era só o improviso. Hoje, eu falo com eles “a música é essa, o trecho é esse, eu quero a coreografia”, e eles montam sem medo. Eles sobem no palco de uma forma completamente diferente de antes, são muito profissionais. Nesse espetáculo, eu vou fazer, praticamente, direção artística e coreográfica, eles que vão criar. Quanto mais eles exercitarem a criação, não só fazerem o free style, criarem e mantiverem aquela coreografia, melhor, já que eles têm dificuldades de criar e manter a mesma coisa. Eu vou direcionando todo mundo, a gente está indo para um espetáculo, não está num improviso, tem diferença.


O que define a dança de rua e qual a relação com o break e a cultura hip hop? Em que medidas são ressaltados o estilo, a estética e seu sentido político?


Ela tem essa identidade com o break porque ele foi a primeira expressão corporal do movimento hip hop, junto com essa sonoridade, a música, que vem até hoje com a black music, o funk americano, então, tem muita referência do break sim. Principalmente quem é leigo, se vai assistir a uma coreografia de dança de rua e não vê algum elemento do break, se confunde, acha que não é dança de rua. Existe uma evolução histórica da dança até hoje. O divisor do break para as danças urbanas de hoje foram os clipes do Michael Jackson, que usava alguns passos do break, mas dançava muito mais em pé – e, no break, o pessoal usa muito o chão, não se usava tantos saltos. De lá pra cá, houve muita mudança, muita construção de movimento. Hoje, há vários estilos nas danças urbanas, como Twerk, Afro House, Dancehall, Ragga Jam, entre muitos outros.

O break fica mais enraizado com a questão política. As danças mais atuais já perdem um pouco essa identidade. Tem muitos profissionais que conservam, mas eu creio que se perde um pouco, até por causa das letras das músicas. O comércio degrada um pouco. Eu acho que a gente tem que falar de amor, de paz, de muitas outras coisas, mas é verdade que se perde sim um pouco a questão da luta, da periferia.


Como era a aceitação da dança de rua em relação aos outros tipos de dança e como isso se dá hoje? Há uma abertura à mistura de linguagens?


Eu creio que a maior resistência foi, na verdade, dos grupos de break, que existiam na periferia, ver que a dança de rua estava dentro da Praia do Canto e a gente indo para o Teatro Carlos Gomes. Muito mais isso, porque, nas escolas, muita gente estava dançando. Eu tive inúmeras bailarinas clássicas que dançaram comigo, frequentaram meu grupo. Eu não tive tanto problema, a não ser que falavam que eu não era dançarina de hip hop. E realmente eu não era. Era outro estilo que eu estava trabalhando, era dança de rua, que englobava vários aspectos do hip hop, e se dançava em pé.

Sobre a mistura com outras linguagens, eu acho que o espetáculo “Contemporaneidade em Dança de Rua” abriu muito esse leque. No ensaio aberto, teve debate. O menino que está no grupo de danças urbanas (UDES), Ronaldinho, esteve lá, debatemos, e outros meninos também. Depois disso, eu realmente percebi muitos ampliando a visão, pensando no que poderiam fazer com aquilo ali.


E com o carnaval, como você começou a trabalhar?


Através do esporte, eu conheci várias pessoas das comunidades que são envolvidas com escolas de samba. Eu já estava na dança e, através do basquete, me chamaram para coreografar a comissão de frente da Pega no Samba. Eu amo samba, sempre gostei, é de criação. Minha família sempre foi muito envolvida com samba, é raiz mesmo.

De vez em quando, uma escola ou outra me convidava para coreografar. Conheci o Magno Encarnação, que, quando foi para MUG, falou “Lalau estou com um problema, preciso de gente para ficar na frente da ala para segurar a coreografia, e eu não vou poder porque já vou sair na comissão de frente”. Aí fomos eu e Gislene segurar a peteca dessa ala na frente, que tinha 60 pessoas. Fomos ensaiando. Nesse meio tempo, uma ala comercial da escola não foi vendida, com fantasia pronta e tudo. Acabei pegando essa ala e, em dez dias, a gente montou a coreografia. Desde então, eu não saí mais da MUG. Faz quase dez anos que estou lá.

Depois, no outro ano, fiz ala das baianinhas e, no ano seguinte, fui para a comissão de frente. Na época, foi ótimo, levamos quatro notas dez. No meu quarto ano de escola, fui coreografar carro na MUG, e coreografo até hoje; a comissão de frente está com a Mônica Queiroz. Também comecei com o Samba Show, que é um grupo de samba para espetáculo. Não é de passistas, já que o passista não tem, por obrigatoriedade, uma coreografia. No Samba Show, o grupo dança todas as linhas do samba, inclusive aquela de samba afro do Recôncavo Baiano, misturadas com essa coisa do glamour do cabaré, do teatro de revista. Este ano, estou com muitas atividades e tive de abrir mão de fazer o MUG Samba Show.


Como é seu processo de coreografar no carnaval?


Já existe um enredo e, dentro dele, vou pesquisando e buscando movimentos. Uma vez, o tema foi cerveja na comissão de frente. Eu disse “meu Deus do céu, o que eu vou fazer com cerveja?”. A gente tem que “viajar”. O ponto de partida foi que tinha que ter relação com dança árabe porque o bulbo da cerveja vem de lá, do oriente médio. Por outro lado, eu não poderia fazer uma dança árabe, simplesmente. Ainda por cima, a gente tinha um elemento cênico que era o sol. O sol estava escrito no enredo. O número de vezes que eu coloquei o copo na minha frente para virar a cerveja e ver o movimento que fazia… Para transportar aquilo ali para os braços e para o corpo do pessoal. Aquele foi um desafio bom. Acho que ensaiamos uns três, quatro meses porque muita gente tinha técnica de dança, outros não. Quem não tinha técnica de dança, para mim, não era tanto problema. O problema era quem tinha. Porque o movimento que tinham de fazer era muito mais cru, tivemos que desconstruir o que existia. Este ano, também não foi tão simples fazer carro porque o Samba Show dançou em cima dele, teve muita pegada, muito passo aéreo em cima do carro, senão não apareceria com destaque.







segunda-feira, 18 de abril de 2016

2º Dança na Roda dia 23 de abril

A próxima roda de conversa sobre processos de criação em dança acontecerá no sábado, dia 23 de abril, com as artistas convidadas Giovana Gonzaga e Yuriê Perazzini.

Giovana Gonzaga é coreógrafa e diretora da Cia Negraô, na qual já atuou como bailarina, tendo realizado os espetáculos Intensidades Pedem Passagem, O Congado, Negro de Todas as Cores, Furdúncio, Dois em Dança, Ritumba e Farra. Atua como coreógrafa convidada em diversos trabalhos e também se dedica à coreografar escolas de samba do ES. Foi diretora da Cia de Dança Alfazema e também atua como educadora.

Yuriê Perazzini é percursora e divulgadora da cultura Hip Hop e Flash Mob no ES. Fundadora do coletivo UDES, onde atua dançando, produzindo eventos e pesquisando a história das danças urbanas. Capoeirista e pesquisadora de danças folclóricas, populares e acadêmicas nacionais e internacionais: danças jamaicanas e africanas. Atua como educadora de dança em programas sociais.



domingo, 3 de abril de 2016

1º Dança na Roda dia 9 de abril

No próximo sábado, dia 9 de abril, acontece a primeira roda de conversa do Dança no ES. O evento, que terá como convidados os coreógrafos Gil Mendes e Patrícia Miranda, abordará os processos de criação em dança dos artistas, que compartilharão suas experiências com o público.

Gil Mendes atualmente é coreógrafo e diretor da In Pares Cia de Dança. Formado em Dança pela UFBA, já coreografou para grupos como o Negraô, a Homem Cia de Dança e o Grupo Pequenos Talentos - ACES. Participou do projeto Assuntando o Corpo de Baile - oficinas de dança afro brasileira para Comunidades Quilombolas em São Mateus, ES. Também atua como professor do curso técnico de dança da FAFI.

Patrícia Miranda é coreógrafa do Balé da Ilha Cia de Dança, mesma companhia em que já atuou como bailarina solista. Ao longo de sua carreira fez parte da Mitzi Marzutti Cia de Dança, dirigiu a Duo Cia de Dança e realizou trabalhos em parceria com Marcos Pitanga. Estudou em diversos centros de formação, como a Escola Nacional de Arte de Havana, Cuba e na Palucca Hochschule für Tanz Dresden em Dresden, Alemanha.



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Banco de Textos do Dança no ES - chamada para publicação


O Blog Dança no ES convida interessados em apresentar propostas de artigos, trabalhos acadêmicos, ensaios e demais produções textuais sobre a dança no ES.

Dentre as atividades propostas por este projeto, realizaremos o mapeamento da produção escrita com a criação de um banco de textos no site www.dancanoes.com.br .

Podem ser enviados trabalhos que falem sobre a dança como arte e expressão social, cultural e política, abrangendo a cena da dança no nosso estado.

Entre em contato pelo nosso e-mail dancanoes@gmail.com ou pela nossa página no facebook.

Conheça nosso banco de textos clicando no link http://www.dancanoes.com.br/p/banco-de-textos.html

sábado, 9 de janeiro de 2016

Feliz 2016!

O Dança no ES foi contemplado no edital setorial de Artes Cênicas da Secult ES/Funcultura na categoria Dança com um projeto de aprimoramento do portal. Com isso, estamos passando por várias modificações, como a mudança de endereço para www.dancanoes.com.br, mudança no visual e ampliação da equipe.

Agora, além de Ivna Messina como coordenadora geral, passam a integrar a equipe a jornalista Patricia Galleto, responsável pelas entrevistas e pelo conteúdo, e a pesquisadora Maria Fernanda Araújo, responsável pelo banco de textos.

Foi adicionado à nossa página um formulário de pesquisa para ampliação do mapeamento da produção de dança no Estado do Espírito Santo, que é colaborativo e no qual cada artista pode se inscrever, tanto como profissional independente quanto como grupo, coletivo, companhia, evento ou projeto. Para isso, acesse o link e compartilhe com os artistas que conhece!

O projeto contemplado também prevê entrevistas a artistas importantes na história da dança do ES, que serão periodicamente publicadas aqui no site. Além disso, serão promovidas rodas de conversas com artistas atuantes sobre seus processos criativos, abertas ao público e com conteúdo posteriormente publicado no Dança no ES.

Seguiremos postando notícias e você também pode colaborar enviando o material do seu evento, oficina, espetáculo ou ação relacionada à dança no estado do ES para nosso e-mail dancanoes@gmail.com .

Você também pode colaborar ajudando na ampliação da seção Banco de Textos, enviando o link de sua produção textual publicada online, sendo ela monografia, crítica, artigo ou qualquer outra formatação, que fale sobre a dança do ES. A ampliação desta seção incentiva a pesquisa sobre o tema e mantém nossa memória viva sobre a produção local.

Esperamos um ano de muitas realizações e colaboração!
Um abraço,

Equipe Dança no ES