sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Inscrições abertas para oficina na FAFI

Estão abertas, até dia 1º de março, as inscrições para a oficina de iniciação à dança contemporânea na Escola de Dança e Teatro FAFI. As inscrições, assim como a oficina, são gratuitas e devem ser feitas na sede temporária da escola, que fica na Praça Ubaldo Ramalhete, no Centro de Vitória.

A oficina terá um mês de duração e as aulas acontecerão sempre às quartas-feiras. Haverá uma turma para a idade de 12 a 15 anos e outra para maiores de 16. Das 25 vagas oferecidas, 13 serão destinadas a moradores do centro da cidade.

Para mais informações, visite o site da Prefeitura ou ligue para a secretaria da Escola: (27) 3381-6922.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Muitos em um

Marcelo Ferreira fala sobre sua carreira em entrevista para o Dança no ES


Provocativo e multifacetado, o ator, bailarino e performer Marcelo Ferreira passeia por diversos campos da arte, em mais de 30 anos de carreira. Em seu trabalho, a linha entre a dança, o teatro e as artes visuais sempre foi permeável. Diante de linguagens que se misturam, o artista tem bem definido seu propósito com o ofício. Sabe o que quer e, principalmente, o que não quer – ser panfletário, cafona, literal e vazio. Durante as décadas de 80 e 90, integrou o grupo Neo-Iaô, um dos precursores da dança contemporânea no Estado e fruto de uma parceria com Magno Godoy, com quem dividiu seu amor pela arte e suas criações por mais (e para além) de 15 anos de existência da companhia, cujas principais influências eram o Butoh, o Expressionismo e o Candomblé. Já no final dos anos 90, fundou a Cia. Teatro Urgente, com a qual trabalha hoje como diretor e intérprete, com textos próprios, em sua maioria, mesmo quando baseados ou inspirados em autores conhecidos, a exemplo de Beckett, cuja obra foi ponto de partida para alguns de seus espetáculos, incluindo o mais recente, “Plugged” (montado a partir de “Dias Felizes”), com estreia prevista para abril deste ano. Os trabalhos da Urgente também são conhecidos pela estética marcante, pelas múltiplas referências e pelo forte teor político, com ácidas críticas à sociedade contemporânea e muita ironia. Inconformado por natureza, Marcelo acredita ser esta característica o grande disparador de suas criações.

Confira a entrevista para o Dança no ES!



Foto: Jussara Martins



DNES: Como começou seu interesse pela dança e pelo teatro e como surgiu a Companhia Neo-Iaô?


Marcelo - Tudo começou na Ufes. Entrei em 1978 para o curso de Comunicação e, em 79, fui fazer uma matéria chamada "Cultura Brasileira", e Magno Godoy entrou na sala. Ele já fazia teatro, era um diretor premiado. Na Ufes, nos anos 70, o MEC mandava verba para a universidade, então, cada centro tinha um grupo de teatro, e tinha aquela galera que se reunia nos intervalos. Criamos um grupo que se chamava "BLULULULULUM" e montamos uma peça que falava da nossa história na universidade, do trote até a formatura, que se chamava "Universus Sancty dy Spirits Federalis". Entramos na mostra de teatro, ganhamos melhor espetáculo e eu ganhei melhor ator. Magno já fazia ballet com a Lenira Borges e começou a dar aula para mim, os primeiros passinhos. Eu entrei de cabeça na academia da Mitzi Marzzuti e Ingrid Mendonça. Fazia ballet, jazz, ginástica com as mulheres – porque só tinha mulher na academia, quase não tinha homem. A referência, para nós, era o Ballet Stagium, na época.

Eu e Magno nos mudamos para uma casa na Vila Rubim, no alto do Morro do Quadro, e lá era nosso estúdio, a gente só não levava público, era só para trabalhar. Então, tinha meu quarto, o dele, uma sala de trabalho, o banheiro-camarim e, embaixo, tinha uma biblioteca. Era uma escola nossa, que quem frequentava era eu, Magno, Carlos Délio, que hoje é Secretário de Cultura de Cariacica, e Paulo Fernandes, da Cia. Enki, que trabalhava com a gente. Éramos os quatro na Cia. Neo-Iaô, em 1986.


Vocês tinham muita influência do Butoh. Como foi sendo construída a linha de pesquisa do grupo?


O Magno tinha padrinhos japoneses, então, ele sempre foi muito ligado à cultura nipônica, pintava, fazia leques, máscaras... Em 86, Kazuo Ohno veio para o Brasil pela primeira vez. Ele estava com 80 anos, começou a dançar com 60. Com 70 e tantos, começou a aparecer no mundo. Fomos eu, Magno e outro amigo para assisti-lo. Demos sorte porque, no Rio, na sexta-feira, tinha apresentação de teatro Kabuki, e, no outro dia, era Butoh em São Paulo. Na ocasião, eu falei que, no final de semana, nós vimos a cultura japonesa do medieval ao ultramoderno. Tem coisa que você precisa ver, não tem como ler, e é a experiência da sua vida – e essa foi. O Kazuo Ohno foi a coisa mais forte que eu vi na vida, não tem outro.

Nessa época, a gente estava em Vitória pesquisando uma linguagem nova, Magno já fazia dança, começou a dar aula para a gente e eu estava fazendo a academia. Fazíamos laboratório, pesquisávamos Lacan, Freud, Foucault... Magno, então, pesquisando “História da Loucura”, viu que o Foucault analisa a história da loucura sob uma tela do Hieronymus Bosch, a “Nau dos Loucos”, que virou tema do primeiro espetáculo que a gente estreou: “Stultifera Navis”. Foi nesse mesmo período que a gente foi a são Paulo ver Kazuo Ohno. A gente estava com muita dúvida do que era aquilo que a gente estava fazendo, era uma sintonia sem saber. Tanto que, em 86 mesmo, quando estreou Stultifera aqui, foi um marco, porque o Carlos Gomes virou um navio – os marinheiros desciam lá do terceiro andar, naquelas escadinhas de corda. A peça foi impactante porque tinha muita coisa nova. A própria linguagem, o movimento, ninguém entendia aquilo.

Muita cena de nudez, em vez de usar tapa-sexo, a gente usava emplasto... anjos andróginos! Isso foi uma revolução, não só para aqui como para fora também. Nós fizemos currículo em alguns dos melhores teatros do Brasil. Circulamos bem, e, numa época que não tinha lei de incentivo, a gente viajava muito mais do que hoje. A Ufes apoiou muito a gente, na época. Fomos convidados para a mostra de Butoh em São Paulo e Brasília, com vários bailarinos do Japão, da Alemanha...

E o Neo-Iaô tinha uma coisa muito própria por conta dessa questão que misturava o Candomblé com a cultura japonesa. Nós fomos pesquisar que, no Brasil, o ritual primitivo mais forte em termos de história era o Candomblé. Porque a origem da dança vem de rituais, as religiões, as giras. Então, Neo-Iaô significa os “novos iniciados”, já que o Iaô é o iniciado do Candomblé, quem se inicia, e a gente raspava a cabeça também. No Butoh, muitos também trabalhavam com a cabeça raspada por causa da Segunda Guerra, da bomba atômica, além de a dança ser muito retorcida, deformada, que tem a ver com essa época.


Essa experiência você levou para a Cia. Teatro Urgente? Como surgiu o grupo?


A Urgente, agora, virou outra coisa, onde eu mantenho a estética do Butoh, do Neo-Iaô, eu uso em algumas cenas, mas não é o tempo inteiro, tenho outras referências. A companhia começou quando eu fui convidado para dar aula de Expressão Corporal na Faesa, em 1997. Os alunos começaram a querer fazer teatro, saí pesquisando e achei o Beckett. Montamos “Fim de Partida”, que foi a primeira peça como Urgente.


Você mescla muitas referências, incluindo filmes e outras obras de arte. Como você classifica ou descreve seu trabalho?


Quando o Magno foi para Itaúnas e eu fiquei aqui, voltei a trabalhar mais com teatro, porque, até então, era dança, dança-teatro, mas não tinha texto, e eu sempre tive vontade de trabalhar com teatro contemporâneo. Gostava, e gosto muito ainda, da Bia Lessa, do Gerald Thomas, do Bob Wilson, que são minhas referências.

Fiz uma trilogia em homenagem ao cinema, com “Nosferatu”, “Metropolis” e “Fahrenheit, 451”. Já “Crash” misturou tudo mesmo, então, é meio performance, meio instalação de vídeo, é teatro também, tem uma cena que poderia ser dança, que eu até eliminei para o Festival de Monólogos. Sempre tem uma cena ou outra que eu faço alguma movimentação com referência ao Butoh, ao Iaô, ao Expressionismo, mas não em todo trabalho. Em “Mefisto”, tem uma cena parada que é só texto em off, uma outra, do pacto de sangue, com texto em alemão e movimentos de dança do Neo-Iaô, do Expressionismo. Também uso cenas estáticas, só de objeto com texto em off, ou só uma trilha rolando. Quando fiz “Um Corpo que Cai”, a última cena era para ser vista numa galeria, porque é um meteoro que cai em cima da bailarina no final e eu queria que o público entrasse, visse aquilo e ficasse olhando um tempo. Não tem trilha, não tem nada. É o teatro pós-dramático, que aparece na teoria do Hans-Thies Lehmann, e a referência dele é Bob Wilson, que é um teatro de imagens, justamente onde eu acho que meu trabalho se encaixa.


Além de referências ao Butoh, como seu trabalho dialoga com a dança? O que te interessa nesse campo?


A dança, no meu trabalho, tem a ver com algo muito inconsciente, muito subjetivo, são gestos exagerados, porque querem provocar um estilo, uma diferença, por isso, exagera, no caso do Expressionismo, mas ela é muito interior. O bailarino tem que ser uma pessoa que trabalha a presença, tem que ter um carisma para estar no palco. Eu já me cansei dessa dança que se repete, bonita, do corpo, é lindo, tudo certo, tudo igual, mas já cansei, não me agrada esse tipo de trabalho mais. Me interessa quando você tem alguém se movimentando, com uma coisa muito própria que a pessoa buscou ali. Já dei aula de coreografia na Fafi, mas eu nunca coreografei. Nas minhas aulas, passava a gramática de movimentos possíveis para os alunos e depois falava “agora, vamos trabalhar”. Às vezes, até marcava o começo, mas a continuidade era a pessoa quem dava.


Além de estético, seu trabalho é muito político. Essas são duas marcas fortes no que você faz?


A estética vem do que eu aprendi com o Magno, de ver obra de arte. E também porque eu sempre gostei dos espetáculos visuais, que são bonitos, independentemente do conteúdo, que são interessantes visualmente. Mas nós sempre fomos artistas de Comunicação, jornalistas, então, o lado político pesou muito, e a gente veio da época da ditadura.

Eu vejo a arte como alguma coisa de alguém inconformado com a vida. Artista, do jeito que eu sou, é alguém inconformado. Eu vivo, mas não é isso o que eu queria para mim. Eu queria outro mundo, outra coisa, eu acredito em utopia, acho que as pessoas têm que ter vidas melhores, não admito passar na rua e ter alguém chorando, pedindo dinheiro para comprar um remédio. Então, nós nunca tivemos isso da arte pela arte, nunca foi vazio, não era belo porque era belo. Sempre tinha uma ousadia e um argumento por trás. É a minha militância. Eu, quando estou triste, nervoso, vou escrever uma peça. É a vida de todo mundo que está passando por aquilo também.

Também tenho o cuidado de não ser panfletário, não ficar gritando palavra de ordem, não ser literal demais. É mais para provocar. E é o discurso que eu fazia e agora faço menos porque a gente tem que ser recebido. Eu não quero porta fechando na minha cara mais, já aconteceu demais isso.

E humor também, que sempre tem. Ironia, sarcasmo sempre, porque a visão que eu tenho do mundo é essa. Meu riso é de hiena, que está rindo da desgraça, aquela coisa maldita, aquele deboche. E o Magno tinha muito disso também, a gente se dava bem por conta disso. A gente ria muito das coisas.


Diante da variedade de referências, você se preocupa em ser “acessível”? Não estou dizendo que o público precise identificar tudo, nem que a arte tenha que ser totalmente “digerível”, mas qual é sua opinião sobre o diálogo com a plateia, nesse sentido?


Eu não me preocupo com isso. Me preocupo em ter um visual, porque, muitas vezes, a informação passa pela estética, por aquilo que você está vendo, o que já é uma informação. Quanto ao conteúdo, não me preocupo.

Fiz o “Mefisto” com texto em alemão. Em Venda Nova, perguntaram “por que vocês usam estrangeirismos?”. Eu respondi que não tenho essa preocupação, porque, nesse caso, o alemão entrou porque a peça é de origem alemã e é quase como uma música. Mas, se você não sabe alemão, não leu Goethe, você não vai chegar até isso, alguns vão questionar, vão ficar indignados porque não sabem, alguma coisa vai ter de informação para eles ali. E a arte é para provocar isso mesmo, é o pensamento da dúvida, é aquilo que você não sabe, você está indo lá para aprender também, então, essa é uma função da arte também, não é fazer você ficar o mesmo, é você mudar alguma coisa, mesmo que odeie e não volte nunca mais para ver aquilo. Lógico que eu quero que fique interessante, mas, se vai enjoar ou não, é o de menos. Eu não faço com o olho do público, eu faço as peças que eu gostaria de ver e que não vêm a Vitória.


Você não tem essa preocupação na criação, mas, em compensação, gosta de poder falar sobre ela...


Com isso, me preocupo sim. Porque aí é formação de público. A obra não, não preciso trazer para a linguagem tati-bi-tati, mas, depois, faço um discurso longo, às vezes, que envolve tudo, e vou, bem facilmente, fazendo eles entenderem que aquilo não é tão complicado e que é uma possibilidade que a pessoa tem de trabalhar seu cérebro, de sair do lugar-comum. Então, essa preocupação eu tenho, não na obra, mas, depois, na justificativa dela. Tudo tem um motivo. Mas, na hora em que estou criando, eu evito isso. Não quero ser palatável, não quero ser explícito. E quem está acostumado com essa linguagem acha tudo muito tranquilo, gosta e identifica. Minha preocupação é não ser careta, cafona, déjà vu.


Como você avalia o cenário local hoje, tanto da dança quanto do teatro?


Com os grupos daqui, aconteceu o seguinte: edital. Lei é a única política que existe no momento. Também há a falta de valor que se dá ao histórico. Que projeto específico existe para quem está aqui há muito tempo e continua produzindo? Não tem nada. Tem uma temporada para oferecer para esse grupo de dois finais de semana no Carlos Gomes, por exemplo? Esses grupos vão formar plateia, porque são bons, eles podem dar oficinas também durante a temporada. Por serem mais conhecidos, vão puxar os outros. Mas hoje não, tudo tem que ser para quem está começando. É legal, acho que tem que ter, eu fui jovem e não tive apoio nenhum. Tudo tem que começar, mas o começo está sendo muito mais valorizado agora do que quem já está trabalhando. Tem de haver uma balança nisso aí.

Acho que, na política cultural, você tem que ter uma difusão, que é um festival, alguma coisa boa, de nível. Temporada é fundamental, você tem que abrir para os grupos se apresentarem no Carlos Gomes várias vezes, com ajuda de custo para colaborar com a bilheteria, como o Sesc faz com o Cena Local. Só que é só uma vez por ano, então não há uma continuidade.

O que poderá mudar a mentalidade é quando houver mais artistas estudantes, artistas que estudam mesmo. É importante artista estar sabendo das coisas, ter opinião própria, saber falar, escrever. E, no mundo em que a gente vive, arte é uma arma do bem, é saneamento básico.


Você criou o Festival Vitória-Brasil de Dança. Como foi isso?


Eu queria um festival, em Vitória, de dança contemporânea porque nós estávamos em evidência aqui, Neo-Iaô, tudo surgindo... Foi em 1991 a primeira edição. E o primeiro foi em homenagem a Luz del Fuego, porque eu queria pesquisar um ícone da dança no Espírito Santo. Trouxemos o Denilton Gomes, que era o auge do Butoh em São Paulo e ninguém aqui o conhecia; o Antônio Nóbrega, que estava começando o trabalho dele e ninguém sabia. Com o Antônio Nóbrega, o público gritava “eu quero dança!”. O Ballet Stagium abriu o festival, críticos vieram.

São coisas que aconteceram aqui no Espírito Santo e que foram importantes, mas que muitas pessoas não sabem, nós não temos um histórico disso, e, por não haver esse histórico, os gestores culturais também não sabem, então, eles vão começar tudo do zero, fazer projetos da cabeça deles, inventar uma coisa que já foi inventada, ou não vão fazer nada, como estão fazendo. Porque edital é lavar as mãos, né?


Com a Cia. Teatro Urgente, o que está preparando para este ano?


“Plugged” é a peça nova, que fala de uma mulher conectada o tempo inteiro no smartphone, que será interpretada pela Ivny Matos, com minha direção. É “Dias Felizes”, do Beckett, que estou adaptando, então, virou “Plugged – ensaio sobre dias felizes”. Não queria pegar o Beckett e montar igualzinho. “Dias Felizes” é a terceira peça da trilogia do Beckett das mais famosas, e eu já montei as duas – “Godot” e “Fim de Partida”. Essa, a Fernanda Montenegro já montou. Na primeira cena, ela está enterrada até a cintura, uma montanha no deserto, e, no segundo ato, ela está até o pescoço.

Acho que, hoje, a pessoa vive presa a aparelhos, daí surgiu a metáfora. Resolvemos fazer isso, a pessoa numa cadeira de tortura, sentada ali com o telefonezinho, uma torrezinha do lado com tomadas, que vai estar ligada com carregadores, e, na outra mesa, do lado, uma valise, onde ela tem um revólver e um batom. No primeiro ato, a personagem está ali, só no aparelho, e, no segundo ato, ela só aparece em vídeo, em close. Essa peça é para abril deste ano. Na verdade, eu vou fazer uma trilogia. Já que fiz o “Crash – ensaio sobre a falência”, vou fazer o “Plugged – ensaio sobre dias felizes”, e vai ter o terceiro, que eu ainda não sei sobre o quê.

Depois da estreia, tenho a Mostra Teatro Urgente, que é o meu projeto para a Secult que ficou de suplente. Quero mostrar quatro espetáculos e vou dar uma oficina para formar atores para o meu estilo de trabalho.

Este ano, também começarei o Mestrado de Artes na Ufes, no qual defenderei um projeto que trata do trabalho artístico da companhia, com o título "No Interior da Caixa Preta: Artes Visuais e Audiovisuais no Discurso da Cia. Teatro Urgente". Será uma forma de deixar registrada a memória do meu trabalho e do Magno.


Acompanhe mais informações sobre a Cia. Teatro Urgente na página do Facebook.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

MEMÓRIAS / Oficina de Dança Contato e Improvisação

Acontece de 17 a 20 de fevereiro a oficina MEMÓRIAS, de dança contato e improvisação, com o artista colombiano Ricardo Villota.

Organizada pelo grupo Circo Teatro Capixaba, de Patrimônio da Penha, a oficina se baseará no treinamento físico a partir de técnicas da dança contato, vivências na cachoeira e se encerrará com um ato performático no sábado. Os encontros serão sempre de 18h às 20h no Centro Cultural de Patrimônio da Penha. 

Será passado um chapéu para contribuições espontâneas.




SERVIÇO

Memórias / Workshop - Dança contato e improvisação
Com Ricardo Villota (Colombia)
De 17 à 20 de fevereiro de 2016
Das 18h às 20h 
No Centro Cultural - Patrimônio da Penha, Divino de São Lourenço - ES
Contribuições no chapéu
Informações: https://www.facebook.com/CircoTeatroCapixaba ou pelo e-mail circocapixaba@gmail.com

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Inscrições abertas: RECONECTA

Estão abertas até o dia 22 de fevereiro as inscrições para o evento Infinitas/RECONECTA para propostas de ações, performances e oficinas de teatro, dança, grafitti, performance, música, artes visuais, audiovisual, literatura, manifestações de culturas tradicionais, desde que se proponha como resultado intervenções no espaço urbano.
O evento, que acontecerá em diversos espaços da cidade de Vitória no período de 3 a 6 de março de 2016, é uma realização do Lab.Muy - Arte y Cultura Digital com apoio da Secult.
As inscrições devem ser feitas online, através do link  https://producaolabmuy.typeform.com/to/zWsmTJ.


domingo, 14 de fevereiro de 2016

Ensaio aberto da performance Travessia

Com direção geral e performance de Julia Salaroni e colaboração dos artistas Marcus Neves, Polliana Dalla, Marta Lança, Fannie Vrillaud e Joceles Bicalho, Travessia se apresenta como ensaio aberto do processo de construção de um trabalho que aborda temas como a migração, fronteiras e geografia.

Serão duas apresentações gratuitas no espaço OParque, localizado no centro de Vitória, seguidas de um bate-papo onde serão compartilhados o processo de pesquisa e criação da obra.

Ainda em processo de pesquisa e montagem, o trabalho surge a partir de narrativas de deslocamento de migrantes em situação irregular e de refugiados, dando visibilidade às histórias vividas por eles durante as suas trajetórias. A proposta é, através da migração, problematizar o território global e repensar a configuração rígida das fronteiras do mapa-mundi, propondo um olhar no qual os territórios mundiais se tornem mais permeáveis.

FICHA TÉCNICA
Direção e performance: Julia Salaroli
Concepção Sonora e Difusão: Marcus Neves
Cenário: Polliana Dalla Barba e Julia Salaroli
Texto: Marta Lança
Pesquisa: Fannie Vrillaud e Julia Salaroli
Assistência geral: Joceles Bicalho



SERVIÇO
Ensaio aberto da performance Travessia
15 de fevereiro às 18h30
16 de fevereiro às 18h30 (reprise)
N' OParque (Rua Sete de Setembro, 493. Centro, Vitória – ES)

GRATUITO
Lotação: 25 pessoas por dia (ordem de chegada)



sábado, 13 de fevereiro de 2016

Estreias de 2016

O ano de 2016 aguarda o lançamento de pelo menos sete trabalhos que permeiam a linguagem da dança no Espírito Santo.

O primeiro a estrear é a performance Travessia, trabalho colaborativo dos artistas Marcus Neves, Polliana Dalla, Marta Lança, Fannie Vrillaud e Joceles Bicalho junto à direção e performance de Julia Salaroni. O trabalho, ainda em processo, será apresentado no mês de fevereiro no espaço O Parque, mesmo local onde foi montado, e aborda narrativas de deslocamento de migrantes em situação irregular e de refugiados, dando visibilidade às histórias vividas por eles durante as suas trajetórias.

Já o Balé da Ilha Cia de Dança prepara o espetáculo de dança contemporânea Teoria Geral da Fossa, obra baseada nas crônicas da escritora capixaba Carmélia Maria de Souza, que conta com um elenco de seis bailarinos. Participam da concepção Karla Ferreira, Eliane Miranda, Patrícia Miranda, Dori Sant'Ana, Maria Bastos e Silvinha . O espetáculo relaciona a obra da autora com seu afeto pela cidade de Vitória e ainda não tem data de estreia. 



Balé da Ilha Cia de Dança

O Coletivo Emaranhado prepara seu primeiro trabalho, intitulado Ser(Tão), que estreia ainda no primeiro semestre. A proposta, elaborada pelos artistas Bru Negreiros, Maicom Souza e Ricardo Reis inter relaciona dança contemporânea, performance, teatro e danças populares, em três cenas que também contam com Elaine Vieira, Léia Rodrigues, Karla Parmagnani, Dori Sant'Ana e Thais de Lucca em sua equipe. A performance trata do deslocamento de pessoas do sertão para o sudeste em busca de oportunidades de trabalho. O coletivo realizará uma circulação pelos espaços públicos de 4 municípios do ES que fazem divisa com a Bahia.


Coletivo Emaranhado

Também para o primeiro semestre é aguardada a estreia de Tri, novo projeto da Homem Cia de Dança, dirigida por Elídio Netto. Neste novo trabalho a Cia conta com a assistência do coreógrafo baiano Augusto Soledade e com as possibilidades que cada bailarino integrante do projeto propõe a partir de suas distintas formações. Tri fala sobre a ancestralidade africana, abordando  signos como o tridente e Exú.

No interior do estado, na cidade de Mucurici, é prevista a estreia do espetáculo Memórias de um Amor Contestado, do Grupo de teatro e dança Estirpe. O trabalho tem pesquisa coreográfica orientada por Elidio Netto, da Homem Cia de Dança.


Grupo Estirpe

Para o segundo semestre é prevista a estreia de Bom Sujeito, espetáculo de Ivna Messina, que dá continuidade ao projeto Isso não é flamenco, sob direção e dramaturgia de Fernando Marques, do Grupo Z de Teatro. A pesquisa visa aproximar o flamenco com o samba e o carnaval.

Ainda estão em processo de montagem trabalhos do grupo Negraô, especializado em dança afro brasileira sob direção de Giovana Gonzaga, do grupo Vitória Street Dance, de Lalau Martins, e da performer Rubiane Maia, sem datas de estreia.

Encontro de Danças Urbanas em Jucutuquara

A UDES (União dos Dançarinos do Espírito Santo) realiza o encontro de Danças Urbanas do mês de fevereiro na Fábrica de Idéias, em Jucutuquara.
O evento, que acontecerá dia 20, é mensal, e a cada edição ocupa um espaço diferente da cidade.
A entrada é gratuita.


SERVIÇO
UDES apresenta Encontro de Danças Urbanas
Dia 20 de fevereiro, 19 horas
Na Fábrica de Ideias (Av. Vitória, 1449, ao lado da pracinha de Jucutuquara)
Informações: https://www.facebook.com/encontrodedancasurbanas/

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Em três atos de Lucia Murat no Cine Metrópolis

O Cine Metrópolis apresenta, dentro da Primeira Mostra - Retrospectiva 2015, o filme Em três atos, da diretora Lucia Murat.
O filme, que tem no elenco as bailarinas, coreógrafas e pesquisadoras do movimento Angel Vianna e Maria Alice Poppe, utiliza a dança contemporânea para contrapor diálogos inspirados na obra de Simone de Beauvoir sobre a velhice e a morte.
Recentemente, Angel e Maria Alice estiveram em Vitória com o espetáculo Qualquer coisa a gente muda, dirigido por João Saldanha, espetáculo este que integra a concepção do filme de Lucia Murat.
Angel Vianna é uma importante figura da dança contemporânea brasileira, que ainda se mantém ativa no auge dos seus 88 anos.
Confira a programação completa da mostra na página do Cine Metrópolis.



SERVIÇO
Em Três Atos, de Lucia Murat
(Brasil/França, 2015, cor, 76’). Exibição em blu-ray.
Com: Nathalia Timberg, Andréa Beltrão, Angel Vianna
Quando uma intelectual de 80 anos é confrontada com questões da velhice e da morte, ela se vê 30 anos antes enfrentando a morte de sua mãe. De forma poética, o filme contrapõe dança contemporânea com diálogos inspirados em Simone de Beauvoir sobre a velhice e a morte.
Classificação indicativa: 10 anos


Horários:
14/2 (domingo), 18h30
19/2 (sexta), 17h30
22/2 (segunda), 20h30

Teatro Rubem Braga faz chamada de ocupação para 2016

Estão abertas, a partir de hoje (11 de fevereiro), as inscrições para agendamento de pauta no Teatro Rubem Braga, localizado no município de Cachoeiro de Itapemirim. As solicitações devem contemplar o período de 1º de março a 23 de dezembro de 2016.

Os interessados devem preencher a ficha de inscrição, disponível no site  www.teatrorubembraga.com.br, e encaminhá-la à administração do teatro junto com a documentação exigida, de acordo com o edital publicado no diário oficial do município do dia 4 deste mês, que pode ser conferido no portal da Prefeitura (www.cachoeiro.es.gov.br).

Para mais informações, consulte a instrução normativa de uso do teatro pelo link:
http://cachoeiro.es.gov.br/secretarias/semcult/arq/Norma.pdf


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Banco de Textos do Dança no ES - chamada para publicação


O Blog Dança no ES convida interessados em apresentar propostas de artigos, trabalhos acadêmicos, ensaios e demais produções textuais sobre a dança no ES.

Dentre as atividades propostas por este projeto, realizaremos o mapeamento da produção escrita com a criação de um banco de textos no site www.dancanoes.com.br .

Podem ser enviados trabalhos que falem sobre a dança como arte e expressão social, cultural e política, abrangendo a cena da dança no nosso estado.

Entre em contato pelo nosso e-mail dancanoes@gmail.com ou pela nossa página no facebook.

Conheça nosso banco de textos clicando no link http://www.dancanoes.com.br/p/banco-de-textos.html