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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Inscrições abertas para oficinas do Dança na Roda

Estão abertas, de 16 a 25 de junho, as inscrições para o DANÇA NA RODA, um encontro entre artistas e público em formato de oficinas para compartilhar processos de criação em dança. Os inscritos são convidados a conhecer e experimentar os processos criativos dos artistas convidados, em encontros com 3 horas de duração, realizados através da plataforma Zoom. As vivências acontecerão nos dias 3, 10 e 17 de julho, das 14h às 17h. As inscrições são gratuitas (através do link abaixo), e interessados podem escolher de quais encontros desejam participar.

Edição 2016 do Dança na Roda, no foyer do Teatro Carlos Gomes. Foto: Maria Fernanda Araújo.


Os artistas convidados que conduzirão as vivências do Dança na Roda são Elídio Netto (ES), Renata Costa (RJ) e Mariana Pimentel (RJ), que trarão, respectivamente, as perspectivas de dança para a cena; dança e educação; e gestão e curadoria em dança. Todos os encontros terão momentos práticos, em que a utilização de roupas leves e um espaço para experimentação, mesmo que pequeno, serão necessários. Não há pré-requisitos técnicos para os participantes.

“Muitas vezes, quando a gente pensa em ‘processos criativos em dança’, é mais comum associar ao fazer criativo para a cena, para a criação de espetáculos e coreografias. Porém o processo criativo em dança está presente também na educação e na gestão, e é importante que pensemos nessas interfaces como espaços de criação, e não de reprodução técnica e teórica engessada”, aponta a coordenadora do projeto, Ivna Messina.

 

Sobre as vivências e os condutores


O bailarino, coreógrafo e produtor cultural Elídio Netto trará a oficina “Corpos textualizados”, que pretende realizar, em abordagem simples, uma visita à paisagem interna de cada um, onde o corpo esteja alegre e fortalecido. Elídio é diretor da Homem Cia de Dança e da Cia NegraÔ. Pesquisador de dança moderna e de danças negras, é realizador do Ateliê de Danças Negras do Espírito Santo. O Dança na Roda com Elídio abordará seus processos de criação em dança para a cena.

A artista da dança, preparadora corporal e educadora Renata Costa compartilhará seus processos de criação em dança como educadora. Renata é criadora da abordagem Movimento Criativo, que aplica em escolas regulares e escolas de dança, para crianças e adultos, além de viajar pelo Brasil com oficinas para educadores. A oficina partirá do entendimento de que a criatividade não é uma exclusividade dos processos coreográficos, mas também um caminho fundamental para a aprendizagem em dança.

E na oficina “Ajuntamentos (im)possíveis para mover futuros”, a artista da dança, produtora cultural e gestora Mariana Pimentel irá compartilhar reflexões, práticas e estratégias de criação de contexto para a dança no atual cenário brasileiro, no qual a atuação em rede é vital para reinvenção das condições de trabalho e de (re)existência. Mariana pesquisa práticas colaborativas no sistema produtivo da dança. É sócia na produtora multilinguagens Dos Voos e integra a equipe de artes cênicas do Departamento Nacional do Sesc, coordenando de maneira compartilhada projetos como o Palco Giratório e o Sesc Dramaturgias.

 

O Dança na Roda é uma realização do portal Dança no ES e faz parte do projeto de manutenção do site contemplado pelo Edital Setorial de Dança da Secult ES/Funcultura 030/2019. O projeto teve sua primeira edição em 2016, quando foi realizado no foyer do Teatro Carlos Gomes, em Vitória (ES), com a participação de artistas da dança do Espírito Santo, de forma aberta ao público.

 

SERVIÇO

DANÇA NA RODA

Inscrições de 16 a 25 de junho

Realização: 3, 10 e 17 de julho, das 14h às 17h (encontros independentes entre si)

Link para Inscrição: https://forms.gle/HmxptSVdWhkbjJ1k9

Gratuito

sexta-feira, 13 de maio de 2016

3º Dança na Roda

Encontro de linguagens em bate-papo com Rubiane Maia e Carla van den Bergen encerra o Dança na Roda




Com público diversificado, o terceiro e último Dança na Roda aconteceu na tarde de sábado (7/05) e já deixa saudades, ao menos por enquanto! No encontro, as artistas convidadas Carla van den Bergen, do Grupo Z de Teatro, e Rubiane Maia falaram sobre seus trabalhos, suas experiências artísticas, como dialogam com a dança, cada qual a seu modo, e sobre como se colocam politicamente através de seus projetos.

Rubiane Maia contou sobre sua formação em Artes Visuais e sua incursão pelo universo da performance. “A performance sempre me atraiu durante a graduação porque ela não pertence a lugar nenhum e, dentro de outros segmentos, como a dança e o teatro, é aquilo que nem sempre as pessoas conseguem explicar direito o que é. Essa incógnita é um material rico para eu pensar minhas relações com o outro, com o espaço, o tempo, o que compõe meu cotidiano”, explica.

A artista, que começou seu trabalho com intervenções urbanas, seguiu, ao longo dos anos, investigando a si mesma, suas relações com o mundo em diversas perfomances solo, por vezes, cruzando experiências também com instalações, vídeo e fotografia, passando por diversas cidades dentro e fora do Brasil. “De certa maneira, minhas performances começam com uma ideia de auto-sabotagem. De que maneira eu poderia me desarticular numa situação que fosse completamente diferente desse cotidiano que anestesia muito a gente e, ao mesmo tempo, usar elementos que fizessem parte desse cotidiano, da minha história, como elementos presentes e simbólicos para construir a ação, imagem e linguagem”, diz. Formou-se mestre em Psicologia Institucional, e, na cidade de São Paulo, participou, no ano passado, da exposição “Terra Comunal – Marina Abramovic + MAI” com a performance “O Jardim”, na qual cultivou sementes, por dois meses, oito horas por dia, até que se transformassem em plantas.

Rubiane também experimentou seus limites em performances anteriores, a exemplo de uma em que tinha de se movimentar sobre o vidro de um vaso quebrado sem se machucar, enquanto comia rosas, e de outra em que tomava uma dose específica de medicamento de tarja preta a cada meia hora, até chegar a um estado de letargia e memória alterada, completamente diferente do de um corpo sem o ansiolítico. “Essas duas performances criaram um estado corporal, para mim, muito surpreendente. Me levaram a outros trabalhos depois que estão reverberando de maneira cada vez mais profunda, me fazendo pensar conexões entre corpo e tudo ao redor”, aponta a artista.

“O Jardim”, sem dúvida, foi um marco para a artista neste encontro com a dança, em um sentido amplo de movimentação, levando-a ao atual projeto intitulado “Preparação para exercício aéreo”. Ela conta que, quando estava acompanhando o crescimento das plantas (feijões), passou a observar o micro movimento delas, como elas iam se apoiando nas outras, saindo do solo e ganhando o espaço aéreo, quase como em uma coreografia. “Esse exercício de olhar passou a ser também para o meu corpo. É um devir vegetal, que é um tempo completamente diferente do nosso. A planta fazia um micro movimento e eu tentava encontrá-lo no meu corpo e permanecer. Comecei a trabalhar com foco no micro movimento, no espaço aéreo e na inação, de que maneira isso me provocava para um estado de performance-dança, que era dança das plantas”, diz a artista, que também produziu uma série de cadernos cheio de desenhos abstratos sobre essa experiência.

Em “Preparação para exercício aéreo”, que já está em andamento, Rubiane trata da relação do ser humano com o desejo de voar, tanto a partir da figura do animal-pássaro, quanto por meio de máquinas. Em seus estudos, uma frase do filósofo Nietzsche a inspirou: “Quem deseja aprender a voar, deve primeiro aprender a caminhar, a correr, a escalar e a dançar. Não se aprende a voar voando”. A base do projeto, então, passou a ser ir para lugares de elevada altitude, que remetessem ao voo, onde ela buscaria se relacionar com esses espaços e registrar essas experimentações em vídeo.

Desse modo, na primeira etapa do trabalho, a artista fez uma experiência de 29 dias no deserto da Bolívia, deixando se contaminar pelas interferências do ambiente, como o clima, a altitude e a própria paisagem. Nas próximas etapas, Rubiane subirá o Pico da Bandeira e o Monte Roraima, no Brasil. “São dois projetos: preparação para exercício aéreo no deserto e preparação para exercício aéreo na montanha, que estou prestes a executar”, conta.


O corpo na criação compartilhada


Enquanto Rubiane Maia parte, muitas vezes, de um trabalho individual – ainda que seja permeado por sua relação com o outro e com o meio em que se insere –, Carla van den Bergen costuma desenvolver suas criações de forma compartilhada. “Meu processo sempre tem a ver com o diálogo e parece começar sempre com o que gostaríamos de dizer. Esses desejos vão aparecendo até mesmo em conversas entre nós, no nosso desenvolvimento pessoal e coletivo. A partir disso, vem a escolha da linguagem, de como queremos dizer isso que queremos dizer”, aponta Carla, que é bailarina e pertence ao Grupo Z de Teatro, com trabalhos como intérprete, diretora, coreógrafa e de concepção de luz.

O grupo costuma discutir e experimentar propostas que, muitas vezes, surgem dos diretores, Carla van den Bergen e Fernando Marques, mas o trabalho nunca é unidirecional. Ao contrário, como explica Carla, o material que surge em sala é experimentado, volta à direção, retorna aos intérpretes e vai sendo construído nesse fluxo criativo constante e compartilhado.

A artista destaca que o trabalho corporal é muito presente no grupo (que utiliza a classificação de dança-teatro mais por uma necessidade de comunicar aos outros sobre o que fazem) e aposta na diferenciação e particularidade dos corpos para criar. “Não me interessa o que uniformiza os corpos, mas sim o que os diferencia, a expressão artística de cada um deles. Nós podemos executar o mesmo movimento no espaço sem que sejamos iguais”, diz.

Em seu processo de criação, Carla conta que costuma observar quais são as sensações que lhe causa o movimento do outro e experimentar e entender em seu próprio corpo tais movimentos e sensações propostos. Assim, vai compondo o que seria equivalente a cada palavra, colocada antes ou depois de outra, construindo frases de movimento, parágrafos, capítulos, até chegar à obra. “O movimento tem um sentido, que, às vezes, não dá para explicar em palavras, mas que se constrói”, aponta.

A intenção do movimento é primordial para a artista: “Esse desenho no espaço não me preenche se não conseguir dizer algo com isso”. Segundo Carla, tensões, relaxamento, relação com a gravidade e todas as outras possibilidades fazem sentido quando dizem algo, ainda que o caminho para a construção do sentido seja de mão-dupla. “Posso dizer ‘procurem uma qualidade de leveza’, por exemplo, mas, às vezes, posso chegar à leveza por conta do que quero dizer. Os dois caminhos, para mim, são interessantes”, afirma.

Carla aponta que as influências que incidem sobre a movimentação podem se dar a partir de diversas vias, como uma imagem ou uma palavra. Ela explica que as possibilidades são infinitas em termos de criação, mas o que parece se repetir em seu processo criativo é realmente “o olhar sobre o corpo do outro, o diálogo com a criação do outro, as relações com outras formas artísticas, e o impulso que vem do meu corpo”.

Assim como aconteceu no processo do espetáculo “Insone”, Carla diz que, ainda quando parte dela alguma proposição de movimento para o grupo, costuma conduzir experimentações a partir de um desejo corporal, uma intenção, que ganhará a roupagem particular de quem executa. “É como se eu estivesse em cena e dissesse ‘gente, experimenta isso’, e a gente vai construindo junto”.


Dança das linguagens


Conectar seu trabalho à dança ou ao corpo não parecia ser algo óbvio para Rubiane quando iniciou suas pesquisas em performance. A artista conta que suas experiências anteriores com dança, em seu sentido mais formal, foram poucas e de “inadequação”. “O corpo, para mim, sempre foi um lugar muito estranho. A performance, para mim, tinha mais a ver com algo terapêutico, mas é inegável que ela provoca o autoconhecimento do corpo. Também a precariedade de elementos em uma performance faz restar o corpo”, avalia.

Em todo caso, não se preocupa tanto com definições daquilo que faz. Dar nome, também para ela, surge mais como uma necessidade de comunicação, até porque, na prática, seu trabalho passeia e se deixa influenciar por diferentes linguagens, como o vídeo, a fotografia, a literatura e o cinema: “vou buscando deixar essas coisas virem, refinar os conceitos que me interessam, tentar buscar essas imagens internas, de que formas elas surgem, e vou juntando essa bagagem”.

Além disso, Rubiane falou sobre o registro e a documentação da perfomance contemporânea e em como a intervenção de um fotógrafo e as imagens que são produzidas, por exemplo, podem comprometer totalmente o sentido de seu trabalho. “Eu me sentia muito agredida por algumas imagens, então, eu passei de um estágio de não saber que isso acontecia para, de repente, conversar com quem vai fazer isso e, depois, comecei a pensar em que imagem eu queria, e foi quando eu comecei a pensar que eu mesma podia produzir a imagem, além da ação”, diz. A artista destaca que o uso do vídeo em seu trabalho surge também nesse contexto contemporâneo de saturação da imagem. “A gente tem que pensar muito em documentação, em questões éticas, e ética é muito pouco discutida no meio artístico”, acrescenta.


Enraizar para voar: a gravidade em “Insone”


Carla van den Bergen também falou sobre a oficina “Do chão ao voo, da palavra ao corpo”, que aborda o processo de preparação do Grupo Z para o espetáculo “Insone” e que deverá ser ministrada em Vitória no segundo semestre. A artista conta que o trabalho, compartilhado na oficina, está muito relacionado à influência da gravidade sobre o corpo, quando ele resiste, quando ele se entrega.

Nesse processo, a escolha de um colchão como espaço cênico interferiu totalmente na movimentação dos intérpretes, redirecionando a criação. “Há uma série de saltos, mas não é só um estudo de planos, é como a gente se relaciona com a gravidade. Só entendendo o enraizamento, eu posso entender o salto. É o entendimento de que, sem o chão, a gente não voa”, frisa Carla, concordando com Rubiane quando ressalta o mesmo em sua pesquisa em “Preparação para exercício aéreo”.


A arte como posicionamento político


As convidadas também falaram sobre seus ofícios dentro do atual cenário político e como utilizam a arte para se colocarem politicamente. “Eu acredito muito na ideia de micropolítica, de disseminação e contágio, que começa a partir de momentos como este aqui, em que a gente consegue compartilhar as nossas descobertas e inquietações, e que a gente precisa fortalecer”, aponta Rubiane, que também pensa que palavras como permanência e sobrevivência sejam importantes para quem faz arte.

Carla reforça que o trabalho do artista é de formiguinha, que, devagar, pode ir contaminando o público, e que o entendimento de que o outro não é igual a você, de que um corpo é diferente do outro, de que cada pessoa é única, é um bom começo para o respeito à diferença, tão necessário para dias melhores. “Isso já acontece com o nosso processo interno e, se for levado para outras camadas, o resultado seria bom, mas é um trabalho micro. Ao mesmo tempo, é importante o que a gente diz em nosso trabalho, a fala do respeito a cada um, assim como as questões de gênero, mulher, indígena, dos que estão à margem, entre outros temas”, diz.





Rubiane Maia fará uma mostra em vídeo do processo atual, “Preparação para exercício aéreo”, seguida de bate-papo, no dia 30 de maio, no Cemuni V (Ufes), em parceria com o BAILE, às 18h. Na sequência, nos dias 31 e 1º de junho, ministrará uma oficina de performance, das 14h às 18h. Os interessados na oficina deverão enviar para o e-mail rubiane.art@gmail.com um currículo resumido e dizer por que têm interesse em participar.


O Dança na Roda foi um evento gratuito, promovido pelo Portal Dança no ES, que reuniu público e artistas locais para compartilharem suas experiências criativas. As rodas aconteceram no foyer do Teatro Carlos Gomes e estiveram abertas a todos interessados pelo tema.
O Portal Dança no ES é um projeto contemplado pelo edital Setorial de Artes Cênicas/Dança 2015 da Secult ES / Funcultura. 



terça-feira, 3 de maio de 2016

2° Dança na Roda

Encontro reuniu Afro e Danças Urbanas em bate-papo protagonizado por Giovana Gonzaga e Yuriê Perazzini




No último dia 23, sábado, o foyer do Teatro Carlos Gomes se transformou em palco para um rico debate sobre dança, atitude, cultura negra e processos de formação e criação. O segundo Dança na Roda contou com a participação das artistas e professoras Giovana Gonzaga, da Cia NegraÔ, e Yuriê Perazzini, das Danças Urbanas, além de um público diversificado, entre dançarinos, estudantes, pesquisadores e interessados no tema. O encontro fez parte do “Processos 012”, evento realizado por projetos contemplados pelo edital de Artes Cênicas da Secult, e deu continuidade às rodas de bate-papo propostas pelo Portal Dança no ES. A terceira e última edição do Dança na Roda acontecerá no dia 7 de maio, às 15h, no mesmo local, com a presença da performer Rubiane Maia e da bailarina e atriz Carla Van Den Bergen, do Grupo Z de Teatro.


Atualmente na função de direção coreográfica da Cia NegraÔ, Giovana falou sobre seu processo de amadurecimento, que a levou de intérprete para coreógrafa do grupo. Seguindo a referência de trabalho do coreógrafo Gil Mendes, que esteve à frente do grupo por muitos anos, Giovana aposta no trabalho colaborativo. “O NegraÔ é minha essência, minha base de dança, minha escola. Dentro do NegraÔ, fui descobrir a essência do criar. Gil Mendes sempre nos deu essa oportunidade, ele nunca faz um trabalho sozinho”, ressalta.

A artista participou de vários processos criativos, mas considera sua profissionalização, de fato, a partir do NegraÔ. Como coreógrafa do grupo, está em seu segundo trabalho, sendo o primeiro “O Congado”, que, sobre uma base contemporânea, trouxe imagens e figuras do Congo que são pouco vistas e conhecidas. Agora, o grupo encara uma nova etapa em sua trajetória, assim como a própria Giovana. “É um processo novo na minha vida. Eu sempre fui intérprete e, hoje, estou em um processo de também pensar no que significa a dança para mim. A dança realmente é minha vida”, diz.

Com “Negros de todas as cores”, título do novo trabalho, a proposta é buscar outras referências em ritmos e estilos que dialoguem intimamente com a cultura afro, sem perder suas raízes, o que tem, inclusive, colocado o grupo em contato com a própria Yuriê Perazzini na sala de ensaio e pesquisa. “Quando a gente vive a cultura afro, a gente tem tantos caminhos para seguir... Eu acho que é essa busca que estou trazendo para o NegraÔ”, sublinha Giovana.

A diversidade também permeia a concepção de técnica que a coreógrafa utiliza. “Acho a técnica necessária, funcional, mas existem muitos corpos. Cansei desse mundinho do padrão corporal, acho que cada corpo tem um processo de criar”, aponta. Do mesmo modo, investe em novas leituras em seu projeto paralelo, a Cia de Dança Alfazema, na qual trabalha com a dança afro buscando suavidade e leveza, sem o peso e o impacto característicos de sua versão tradicional.


Na batida das ruas


Padrão também foi algo em que Yuriê Perazzini nunca acreditou. Desde muito cedo, a artista começou a buscar o que a movia – literalmente. Aos cinco anos, entrou para o ballet, onde não ficou mais que duas semanas. “Eu era muito agitada! Fui para o jazz e fiquei alguns anos. Depois de um tempo, também não conseguia mais me encaixar nele, eu fazia uns movimentos muito diferentes”, conta.

Já adolescente, Yuriê entrou para o Vitória Street Dance, grupo dirigido por Lalau Martins (a quem Yuriê rendeu homenagens e agradecimento durante sua fala), e iniciou sua carreira nas danças urbanas. A partir daí, acumulou experiências, colecionou referências nacionais e internacionais na área, conheceu pessoas e foi para o mundo. Com Zênia Cáo, formou uma dupla e viajou em busca de mais conhecimento. Yuriê fez cursos em São Paulo, pesquisou na Jamaica e na África, entre outros lugares, e encontrou um universo muito maior do que esperava. “Conheci uma galera em São Paulo, fizemos um intensivo lá. Tivemos que começar praticamente do zero, não sabíamos fundamentos, nomes dos tipos de dança”, diz.

A cada descoberta de um novo estilo de dança urbana, Yuriê conta que chorava, uma vez que descobria, aos poucos, a si mesma. Com o tempo e sua constante busca por saber mais, a artista se pôs em contato com diversas vertentes, a exemplo do ragga jam, que, como ela explica, é uma fusão de danças jamaicanas com hip hop. “Fiquei dois anos na equipe Ragga Jam Brasil, tinha que ir para São Paulo de dois em dois meses”, lembra.

Diante das dificuldades que encontrava e do desejo de investir no próprio Estado, Yuriê deu início à UDES (União de Dançarinos do Espírito Santo) e, juntamente com parceiros, a exemplo de Priscila Foquinha (in memorian), tocou o projeto adiante, com encontros mensais, inicialmente sem nenhum apoio financeiro. Os Encontros de Danças Urbanas, promovidos pela UDES, existem há sete anos e acontecem até hoje, todo terceiro sábado do mês.

Além disso, a artista falou do lançamento recente de um novo projeto, o Casu (Casa Urbana), que pretende dedicar aulas específicas para cada um dos estilos de dança urbana, que, como ela explica, são vários. “É começar a entender as especificidades e a riqueza que existem nas danças urbanas. Eu tenho paixão por essa cultura e é fundamental esse olhar de que cada tipo de dança tem sua importância”, destaca.

Yuriê sempre foi plural. Com formação também na capoeira e no curso de graduação em Educação Física, ela experimentou diversas linguagens de dança para compor o que hoje é seu trabalho. Foi pioneira do flash mob no Estado, tem consciência da sua responsabilidade social como educadora, difusora e fundadora da cultura das danças urbanas no Estado, e se coloca no lugar do underground (no sentido do não acadêmico), mesmo sabendo que ocupar espaços é preciso. “Pego firme na questão de que tem que ir para o teatro, sim; tem que ir para o lugar da galera rica, sim; tem que trazer a galera rica junto com os pobres, sim”, afirma.



Processos e encontros


O encontro das duas artistas da dança tem sido produtivo para além da Roda. Giovana contou que Yuriê foi uma parte importante no novo processo de pesquisa e criação do NegraÔ, que deverá abordar também as danças urbanas, funk, kuduro, entre outros ritmos, sem perder o tom da dança afro, característica principal do grupo.

“Não deixamos nossa essência, mas vejo várias vertentes na cultura afro, vindas do gueto, da comunidade. Estou muito feliz de ver o NegraÔ poder subir ao palco e representar guetos. A galera está trabalhando com o passinho. Quem já assistiu ao passinho no palco? É pouco!”, observa Giovana. “Negros de todas as cores” surgiu de uma das bailarinas do grupo, que sonhou com o título, e apenas isso. A partir daí, iniciou-se todo o processo de criação.

Giovana explicou que, tradicionalmente, a dança afro tem suas bases nas matrizes africanas, com dança dos orixás, samba reggae, afro contemporâneo, além de possuir uma energia muito forte do dançarino com o chão. Muitos movimentos surgem, por exemplo, inspirados nas atividades cotidianas de negros escravizados, como o trabalho de lavar, socar, assim como sua relação com as divindades. Cria-se, portanto, uma célula coreográfica, mas cada indivíduo, de acordo com seu repertório, encontra sua maneira de se movimentar.

“Adoro o corpo cru, ele tem muito o que mostrar, não gosto tanto do vício. Por isso, estamos trazendo uma nova roupagem. Cada corpo vai em busca daquilo que entende”, pontua Giovana, que, como profissional, gosta de ver a transformação dos corpos ao longo do trabalho. As mesclas que fazem parte do novo processo deverão marcar, inclusive, a própria passagem do grupo. “A gente quer ousar tanto em movimento quanto em história. O NegraÔ tem esse direito, não existem limitações. A gente vai experimentar porque faz parte da nossa cultura”, acrescenta a coreógrafa.

Sem sair do universo de uma cultura de legítima influência negra, o processo criativo de Yuriê nas danças urbanas também conta com uma mistura de linguagens. Ela explica que cada ritmo tem sua marcação, suas bases de movimento, mas, quando cria, costuma partir de um ponto de vista pessoal, que inclui até seu histórico com a capoeira. Influências de berimbau, atabaques, batuques, batimentos cardíacos, traços gays extraídos de revista de top model, tudo isso já foi elemento de criação para a artista.




O Dança na Roda é um evento gratuito, promovido pelo Portal Dança no ES, que pretende reunir público e artistas locais para compartilharem suas experiências criativas. As rodas acontecem no foyer do Teatro Carlos Gomes, das 15h às 18h, e é aberta a todos interessados pelo tema. Até a próxima!





segunda-feira, 2 de maio de 2016

3º Dança na Roda dia 7 de maio

No dia 7 de maio, sábado, acontece a 3ª e última roda de conversa sobre processos de criação em dança do Dança no ES. As convidadas da vez são Carla van den Bergen e Rubiane Maia.

Carla van den Bergen é diretora, iluminadora, coreógrafa e bailarina. Atuou em companhias como Mitzi Marzzuti, Duo Cia de Dança e Quorum Cia de Dança. Atualmente integra o Grupo Z, que fundou junto a Fernando Marques, e tem em seu currículo espetáculos de dança teatro como Incessantemente, Quatro Intérpretes para Cinco Peças e Insone, tendo participado de importantes eventos nacionais como a circulação do Palco Giratório e circulação através do prêmio O Boticário na Dança.

Rubiane Maia é uma artista que interessa-se especialmente pelas linguagens relacionadas ao corpo, e trabalha no cruzamento entre a performance, a instalação e o vídeo, além de flertar com o cinema e a literatura. Nos últimos anos participou de diversos encontros, festivais e residências no Brasil, Argentina, Chile, França, Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal e Irlanda. E também da 9th Kaunas Biennial UNITEXT na Lituânia. 
Em 2015 participou das exposições ‘Modos de Usar’ no Museu de Arte do Espírito Santo – MAES, do Workshop 'Cleaning the House' (c/ Marina Abramovich), e da Exposição Terra Comunal – Marina 
Abramovic + MAI, no SESC Pompéia, São Paulo. Recentemente, produziu o curta-metragem EVO, uma ficção com roteiro inspirado em suas investigações sobre sonhos e memória.


segunda-feira, 18 de abril de 2016

2º Dança na Roda dia 23 de abril

A próxima roda de conversa sobre processos de criação em dança acontecerá no sábado, dia 23 de abril, com as artistas convidadas Giovana Gonzaga e Yuriê Perazzini.

Giovana Gonzaga é coreógrafa e diretora da Cia Negraô, na qual já atuou como bailarina, tendo realizado os espetáculos Intensidades Pedem Passagem, O Congado, Negro de Todas as Cores, Furdúncio, Dois em Dança, Ritumba e Farra. Atua como coreógrafa convidada em diversos trabalhos e também se dedica à coreografar escolas de samba do ES. Foi diretora da Cia de Dança Alfazema e também atua como educadora.

Yuriê Perazzini é percursora e divulgadora da cultura Hip Hop e Flash Mob no ES. Fundadora do coletivo UDES, onde atua dançando, produzindo eventos e pesquisando a história das danças urbanas. Capoeirista e pesquisadora de danças folclóricas, populares e acadêmicas nacionais e internacionais: danças jamaicanas e africanas. Atua como educadora de dança em programas sociais.



sábado, 16 de abril de 2016

1º Dança na Roda

Criações de Patrícia Miranda e Gil Mendes são foco da primeira roda de bate-papo





Na tarde do último dia 9, sábado, aconteceu o primeiro Dança na Roda, no foyer do Theatro Carlos Gomes, com a presença da coreógrafa do Balé da Ilha Cia de Dança, Patrícia Miranda, e do diretor e coreógrafo da Cia In Pares, Gil Mendes. Os artistas convidados falaram sobre sua trajetória na dança e seus processos de criação junto aos grupos, e o público interagiu com perguntas e comentários. A próxima Roda acontecerá no dia 23 de abril, sábado que vem, com a participação da coreógrafa e diretora da Cia NegraÔ, Giovana Gonzaga, e a precursora e divulgadora da cultura Hip Hop e do Flash Mob no Estado, Yuriê Perazzini.

No primeiro encontro, os artistas ressaltaram a importância de haver mais espaços de diálogo na dança. “São poucos os lugares que a gente tem para falar sobre o que a gente faz e poder conhecer também melhor o trabalho do outro e compartilhar conhecimentos”, pontuou Patrícia. “Esse é um espaço que agrega e a gente precisa disso, de espaços de encontros”, destacou Gil.

A bailarina Patrícia Miranda contou sobre sua formação em dança, que teve início muito cedo, aos oito anos. Filha de professora de jazz, Patrícia estudou com diversos profissionais ao longo de sua carreira, passando por Elias dos Santos, Renato Vieira, Cia Mítzi Marzzuti e diversos coreógrafos reconhecidos nacionalmente; foi estudar em uma escola na Alemanha e em outros espaços, sempre procurando absorver o que os novos contatos tinham a oferecer. Com a Duo Cia de Dança, começou a coreografar profissionalmente.

Ao transferir seu trabalho de bailarina para o de coreógrafa, Patrícia não experimentou nenhum descontentamento: “Ver o meu trabalho em cena me realiza demais!”.

Gil Mendes, ao contrário de muitos profissionais da dança, começou um pouco tarde, “com vinte e poucos anos”, lembra. Durante intenso período de formação em dança na Bahia, Gil agregou estudos e experiências fundamentais para sua carreira, percorrendo diversas vertentes, a exemplo da técnica de Martha Graham e das danças Afro, Moderna e Contemporânea, sempre em contato com importantes grupos e profissionais da área.

Além disso, descobriu, ao longo do tempo, que preferia ser coreógrafo a dançarino, sendo que seu primeiro trabalho na criação de coreografia foi para uma peça de teatro. “A criação sempre fez parte da minha trajetória, mesmo dançando para outras pessoas. Para mim, o bailarino sempre era um sujeito que participava do processo de criação e isso formou o meu modo trabalhar”, frisa Gil.

De volta a Vitória, Gil Mendes integrou o grupo NegraÔ, que seguia a linha de pesquisa do Afro tradicional. Já contaminado pela dança contemporânea, o artista buscava propostas de trabalho que partiam dessa mistura, também apostando em intérpretes capazes de dançar, cantar e batucar. Em 2008, fundou a Cia In Pares, cujo primeiro trabalho foi Inumeráveis Estados do Ser.

“Me viciei pelo bastidor. Sou um apaixonado pelo fora de cena. Eu gosto muito mais do processo, ele é maravilhoso e não acaba nunca, até porque um dia não é igual ao outro”, revela o coreógrafo.


Para criar o espetáculo: caminhos e visões


Como coreógrafa, Patrícia diz que é bastante intuitiva, que gosta de deixar o acaso acontecer e de abrir espaço para que o intérprete também participe da criação. Até mesmo o que parece ser um erro, alimenta o trabalho da artista. “Isso te tira da zona de conforto dentro do processo de criação, faz ficar vivo, gera uma nova ideia”, pontua.

Para Patrícia, criação é como uma maestria, um trabalho de ajudar a organizar. Ao criar, a coreógrafa acredita que a estética precisa, necessariamente, estar conectada ao que se quer dizer, assim como a técnica utilizada precisa ser clara. “A técnica liberta. Quando você tem a apropriação daquilo que faz, independentemente da linguagem, a técnica te liberta, te dá ferramentas para ir por outros caminhos”, acrescenta.

Gil concorda que, no trabalho do coreógrafo, há um sentido político. “Acho que coreografar não é só juntar passos, seguir uma música. É algo a ser dito”, reforça. Uma das formas que exercita o sentido político do ofício é, por exemplo, trabalhando com pessoas com padrões de corpos diferentes e com pensamentos divergentes. “Acho a diferença algo rico e cria outras possibilidades de construção, outros parâmetros. A dança tem de ser um espaço de inclusão, e, às vezes, ela exclui, seleciona corpos. Eu acho legal um baixinho dançar com um alto, alguém do hip hop com uma pessoa do ballet. A dança tem que ser política no sentido de abrir espaços, de permitir, ainda que preserve raízes, tem que quebrar barreiras”, aponta Gil.
Em sua forma de conduzir o processo de criação, é essencial estabelecer o espaço onde acontecerá a história. “Em Banzo, por exemplo, eu já sabia que seria em uma estação, partindo de um conto de Guimarães Rosa”, conta. O coreógrafo destaca, ainda, que costuma começar a coreografar pelo final e, só depois, encontrar o início. Ao mesmo tempo, não acredita em fórmulas e métodos, prefere desenvolver estratégias de coreografar conforme cada projeto e considera muito importante o acaso, assim como a experiência do próprio bailarino.

“A gente trabalha com movimento, gesto, linguagem, e acho que a linguagem não se esgota. Posso falar algo de milhares de formas. Dançar é produzir conhecimento”, diz Gil.


Criações e pesquisas


Os artistas convidados falaram também sobre alguns espetáculos de suas carreiras. Entre outras obras, Patrícia contou sobre a montagem de Teoria Geral da Fossa, para qual foi convidada por Karla Ferreira, e Gil falou sobre aspectos da construção de Inumeráveis Estados do Ser, Banzo e Inabitáveis.

Em Teoria Geral da Fossa, Patrícia coreografou bailarinos que não conhecia e apostou na criação colaborativa. A artista, que assina a direção coreográfica do espetáculo, conta que utilizou textos de Carmélia – sobre quem a obra fala – e o resultado da participação de pessoas convidadas a falarem sobre aquela época nos encontros com o grupo.

“Carmélia era uma figura marcante. Mas, quando líamos o que ela escreveu, só víamos amor, poesia, seu lado feminino, um espetáculo cor-de-rosa. Fomos tomados pelo afeto. Pensávamos: ‘como pode uma pessoa tão transgressora escrever com tanta delicadeza?’”, revela Patrícia. Dessa forma, o grupo escolheu falar da solidão, da adolescência que a personagem não viveu, do que não era percebido, a partir da vivência corporal dos próprios bailarinos.

“Minha relação com o bailarino é de ‘você pode, está em você’. Meu olhar é do todo, da sensação que aquilo está causando. Essa relação tem que ser construída, do público, do intérprete, de provocar um olhar novo sobre aquilo. Nem sempre as pessoas irão gostar; às vezes, ficarão perturbadas, e aí já se cumpriu sua função. A criação é compartilhada”, afirma a coreógrafa.




A loucura em processos


Em Inumeráveis Estados do Ser, Gil lembra que o grupo, inicialmente, imaginou abordar o tema da loucura de determinada forma, mas a construção do espetáculo tomou outro rumo. “Não queríamos falar do louco, do hospício, queríamos falar da coisa criativa da loucura. Não conseguimos. O processo criativo nos deu uma rasteira”, conta.

Na ocasião, os bailarinos visitaram o hospital psiquiátrico Adauto Botelho e, conforme explica o coreógrafo, voltaram transformadas devido ao que vivenciaram lá dentro. A partir daí, vieram as respostas em um curto prazo, possibilitando a finalização do trabalho.

A loucura também aparece em Banzo, além da saudade. “Nesse processo, encontramos o ‘psiu’, de alguém que está perdido ou ouve vozes. Ao mesmo tempo, buscamos de onde vem o movimento. É pensar no jogo que isso propõe, e não naquilo que já tenho codificado. Como posso falar - com o movimento - de formiga, de poça d’água?”, exemplifica Gil.


Provocar é preciso


Já a proposta do espetáculo Inabitáveis, surgiu de um daqueles momentos de pausa para relaxar e descontrair: “Que tal a gente fazer um trabalho sobre a relação homoafetiva?”. Depois de certa resistência, a aceitação do desafio. “O espetáculo surgiu muito das conversas dos intervalos dos ensaios, dos causos, dos papos de bares com amigos e de um artigo que li – e dele vem o título – que falava do conceito dos inabitáveis para pessoas que tinham encontros fortuitos, às escondidas, como em saunas e espaços de não visibilidade”, explica.

Para a montagem da coreografia, Gil sublinha a repetição, que acontece quase como algo rotineiro, do buscar, do ir e voltar, ao mesmo tempo que pontua uma estratégia coreográfica, a fim de reforçar e mostrar sob outros ângulos aquilo que se quer dizer. Fala-se de uma prática que se repete.




O Dança na Roda é um evento gratuito, promovido pelo Portal Dança no ES, que pretende reunir público e artistas locais para compartilharem suas experiências criativas. As rodas acontecem no foyer do Theatro Carlos Gomes, das 15h às 18h, e é aberta a todos interessados pelo tema. Até a próxima!







sexta-feira, 15 de abril de 2016

Mostra Processos 012

Acontece do dia 20 ao 24 de abril a Mostra Processos 012, que inclui ações realizadas pelos projetos aprovados no Editorial Setorial de Artes Cênicas da Secult ES/Funcultura em 2015.

Neste período o público poderá acompanhar o andamento das propostas por meio de espetáculos, performances, ensaios abertos, rodas de conversas e oficinas nas cidades de Vitória, Montanha, Mucurici, Pedro Canário e Cachoeiro de Itapemirim.

Participam das ações a Cia Negraô, Coletivo Emaranhado, Marujada de Cabôco, Homem Cia de Dança, dentre outros.

O 2º Dança na Roda, promovido pelo Dança no ES é uma das ações, no dia 23 de abril, no Theatro Carlos Gomes.

Confira a programação completa pelo link: https://issuu.com/secultespiritosanto/docs/pdf_online/1


domingo, 3 de abril de 2016

1º Dança na Roda dia 9 de abril

No próximo sábado, dia 9 de abril, acontece a primeira roda de conversa do Dança no ES. O evento, que terá como convidados os coreógrafos Gil Mendes e Patrícia Miranda, abordará os processos de criação em dança dos artistas, que compartilharão suas experiências com o público.

Gil Mendes atualmente é coreógrafo e diretor da In Pares Cia de Dança. Formado em Dança pela UFBA, já coreografou para grupos como o Negraô, a Homem Cia de Dança e o Grupo Pequenos Talentos - ACES. Participou do projeto Assuntando o Corpo de Baile - oficinas de dança afro brasileira para Comunidades Quilombolas em São Mateus, ES. Também atua como professor do curso técnico de dança da FAFI.

Patrícia Miranda é coreógrafa do Balé da Ilha Cia de Dança, mesma companhia em que já atuou como bailarina solista. Ao longo de sua carreira fez parte da Mitzi Marzutti Cia de Dança, dirigiu a Duo Cia de Dança e realizou trabalhos em parceria com Marcos Pitanga. Estudou em diversos centros de formação, como a Escola Nacional de Arte de Havana, Cuba e na Palucca Hochschule für Tanz Dresden em Dresden, Alemanha.



quarta-feira, 16 de março de 2016

Dança na Roda

O Dança no ES realiza, de abril a maio, três edições do evento Dança na Roda - Conversas Sobre Processos de Criação em Dança, com artistas convidados que compartilharão suas experiências criativas com o público interessado, estudantes e profissionais da dança. As rodas serão mediadas por Ivna Messina, coordenadora do Dança no ES.

Como parte das ações do projeto Portal Dança no ES, contemplado no edital setorial de artes cênicas da Secult ES/Funcultura de 2015, as rodas acontecerão no foyer do Theatro Carlos Gomes sempre de 15h às 18h e terão entrada gratuita.

Saiba quem são os artistas convidados e as datas de cada evento:

Dia 09 de abril
Gil Mendes - Diretor e coreógrafo da InPares Cia de Dança.
Patrícia Miranda - Coreógrafa do Balé da Ilha Cia de Dança e bailarina.

Dia 23 de abril
Giovana Gonzaga - Diretora e coreógrafa do Grupo NegraÔ.
Yuriê Perazzini - Bailarina e coreógrafa da UDES - União dos Dançarinos do Espírito Santo

Dia 07 de maio
Carla van den Bergen - Diretora, intérprete e coreógrafa do Grupo Z.
Rubiane Maia - Performer