quarta-feira, 18 de agosto de 2021

ELUZA MARIA SANTOS FALA SOBRE SUA VIDA NA DANÇA E DANÇA NA MATURIDADE


Artista, educadora e pesquisadora na área da dança, Eluza Maria Santos é ligada às artes desde pequena. Os primeiros passos que deu quando começou a andar foram acompanhados de ampla movimentação corporal, diante dos familiares reunidos em um jantar. Na vida profissional, seus passos a levaram ainda mais longe, para além das fronteiras territoriais – cursou mestrado e doutorado nos Estados Unidos, país que também abraça parte de sua trajetória artística. Fundadora e codiretora do Projeto EluzArtes, em Vitória (ES), Eluza carrega, ainda, um apanhado de títulos, de licenciada em Educação Física pela Universidade do Espírito Santo a Ph.D. em Dança e Artes Afins pela Texas Woman’s University, com outros mais nesse intervalo. Amante de todas as linguagens artísticas e com mais de meio século de dedicação à dança, Eluza inspira vitalidade em tudo o que faz. Conhecida por sua intensa energia e proatividade, nossa entrevistada falou sobre os principais desafios de sua carreira e sobre os projetos que desenvolve junto ao seu grupo, no ano em que completa 64 anos de idade. Confira abaixo sua entrevista para o Portal Dança no ES!



P: Gostaria que você falasse um pouquinho sobre o começo da dança na sua vida.

 

Eu acho que já nasci dançando... Eu tenho muita energia, gosto das coisas alegres. Quando estava com 4 ou 5 anos de idade, eu entrava em todas as coisinhas que apareciam na escola, teatrinho, dancinha etc. E, com uns 6 ou 7 anos, a mamãe viu que eu gostava e me colocou para fazer ballet, mas, olha só, o ballet não passou a ser a minha afinidade, o código do ballet tem uma certa rigidez e a minha personalidade prefere algo mais solto, então não deu muito certo. Mas vivia envolvida nas festas de escola, criava com a meninada da vizinhança.

Até que veio o momento crucial, quando eu tinha 11 anos, estudava na escola Maria Ortiz, no Centro de Vitória. Logo nas primeiras semanas de aula, uma coleguinha falou “Eluza, você que gosta de dança, tem uma aula de dança lá embaixo no porão, por que você não vai lá ver?”. Aí eu desci. O tal do porão era uma sala linda de dança, com madeira, barra, espelho, um piano, uma coisa linda, eu fiquei encantada porque a professora fazia o que eu queria fazer, ela tocava o piano, ensinava, alegrava o pessoal. Essa pessoa passou a ser para mim a luz da dança, ela foi a minha inspiração, o nome dela é Conceição Aparecida Ferreira Vieira, que foi a minha mentora, e dali pra frente fui embora. Depois de duas ou três semanas, eu estava dançando no grupo dela. Passei a fazer ginástica rítmica, as equipes gostavam de mim, fui ginasta, competi em nível nacional, e comecei a ir ao Rio de Janeiro fazer cursos, curso de jazz, de afro-brasileiro, isso foi me expandindo.

 

P: Quando você sentiu que essa seria a sua carreira?

 

Foi na época do vestibular. Eu fui seguindo a Conceição, a minha primeira professora. Ela era professora da Ufes e eu tinha falado para ela que queria fazer dança, mas não havia faculdade, então fui fazer Educação Física. E, na mesma época que eu entrei, um dos técnicos de ginástica que tinha me conhecido antes e também era professor na universidade, Paulo Roberto Gomes de Lima, me falou de uma escolinha de primeiro grau no Centro de Vitória que estava precisando de uma professora para “área do movimento”, para dançar, fazer joguinhos, e ele me indicou. Foi meu primeiro emprego, eu estava no primeiro semestre da faculdade, com 17 anos. Quando os pais e mães assistiam à aula, eles não sabiam quem era aluno e quem era professora! Eu sou muito pequenininha, eu não tenho nem um metro e meio.

 

P: Durante esse período, como você buscou outras formas de adquirir conhecimento e experiência na área dança?

 

Aparecia curso no Rio de Janeiro, eu ia fazer, Belo Horizonte, e por aí foi... até que chegou a hora de eu fazer mestrado. Eu já tinha me formado e já estava dando aula no Maria Ortiz, em escolas de dança particulares, em academias, fiquei sócia de um dos proprietários. Até que a própria Conceição trouxe dos Estados Unidos uma professora para dar aula, eu me encantei com o curso, e essa professora, Ray Faulkner, gostou muito de mim. Em um dos jantares, ela me perguntou se eu não gostaria de fazer mestrado nos Estados Unidos. Eu arregalei os olhos. Ela disse “se um dia você quiser ir, me fala, que eu terei o maior prazer em te ajudar, em te orientar”. Não deu outra. Passaram-se quase três anos, juntei um dinheiro e fui para lá.

 

P: E como foi sua chegada nos Estados Unidos para cursar o mestrado?

 

Eu saí daqui pensando que eu entraria direto no mestrado, só que, com o curso de Educação Física, eu teria que cursar ainda muitas disciplinas que não estavam no meu currículo para fazer mestrado em dança. Então essa mulher que me convidou sugeriu: “Por que você não faz as disciplinas para completar um curso de bacharelado em dança aqui, no Arizona State University”. Eu topei a parada. Aquilo ali me preparou para eu sair maravilhosamente bem no mestrado.

Logo que entrei no mestrado, me convidaram para dar aula na graduação. Fiquei cinco anos em Tempe, no estado de Arizona. Dali pra frente eu fazia muito curso em Nova York, na própria universidade, naquela época era anos 80, havia verba do governo federal para as artes de uma forma muito conectada com a educação. Foi quando eu fiz aulas com a companhia de Martha Graham, além de vários outros grupos. Depois do mestrado eu voltei para o Brasil, em 85.

 

P: O que, para você, mudou ao retornar para o Brasil nessa época? A experiência atravessou o seu modo de dançar, de se relacionar com a dança?

 

Eu sempre dancei Brasil, para falar a verdade, mas eu tinha o maior prazer de dançar Brasil lá fora pra mostrar pro pessoal o que é isso aqui. Quando eu voltei, eu dancei mais o Brasil de uma forma a questionar. Por exemplo, me lembro de um trabalho que eu fiz chamado “Uma Certa História do Brasil”, mostrando certos aspectos do Brasil que não são evidenciados na história e por quê. Questionava a desigualdade social, isso foi em 1986/87, um dos primeiros espetáculos que eu fiz. As minhas danças também começaram a absorver uma certa divisão. Eu tinha dois mundos: o mundo americano e o mundo brasileiro, coisas maravilhosas lá e coisas maravilhosas aqui, coisas ruins lá, coisas ruins aqui, todo lugar é assim. Então comecei a dançar sobre essa divisão, e assim foi com várias outras coisas.

 

P: Quais caminhos você seguiu após esse retorno? Deu sequência à área acadêmica?

 

Depois que eu retornei do mestrado, dei aula por um ano em Minas Gerais, na Universidade de Uberaba. De volta a Vitória, fiz o concurso para a Ufes, no curso de Educação Física, entrei e fiquei como professora por um bom tempo, até que chegou a década de 90 e eu falei “quer saber de uma coisa? Está coçando de novo”. Eu nunca perdi o contato com os Estados Unidos, eu ia quase todo ano. A companhia da Ufes que eu criei fez turnê e se apresentou lá, o Grupo Axis. E ele viajou também para Joinvile não sei quantas vezes, dançamos em são Paulo, Rio, Vitória, Estados Unidos.

Foto: Steve Clarke
Aí fui fazer doutorado em 1992 lá nos Estados Unidos. Nesse período, a minha Conceição se aposentou, muitos dos meus colegas na Ufes se aposentaram. O enfoque do curso foi mudando, começaram a eliminar algumas disciplinas de dança. Eu fui fazer doutorado em uma universidade feminista (Universidade da Mulher no Texas) – Texas Woman’s University. Foi meu último curso acadêmico, quando eu realmente me aprofundei em quem sou eu dentro dessa dança, comecei a estudar muito mais corpo e técnicas de abordagem do corpo; me apaixonei por Laban e fui a fundo, hoje Laban é minha essência em todas as aulas que eu dou. E aquela universidade onde estudei era muito forte na diversidade, perceberam que eu, sendo brasileira, tinha muito o que fazer com a minha cultura para eu realmente saber quem eu sou dentro dessa área chamada dança.

E eu descobri que eu sou essa Eluza que sempre vai ser dividida, meu marido é americano, tenho a família da parte dele lá, a minha aqui... mas existe essa essência que eu carrego. O tronco da minha árvore vai fundo na cultura brasileira, e as ramificações têm muito dos Estados Unidos e de outros lugares também. Mas a árvore é a mesma, que está firmemente e profundamente enraizada no Brasil. E hoje eu moro definitivamente aqui, foi onde eu escolhi viver, depois de ter tido várias companhias.

 

P: Seu olhar como educadora foi também sendo formado por essas experiências? O que é ensinar dança, para você?

 

Ensinar dança é algo maravilhoso. Numa aula de dança, está todo mundo exposto, ninguém está escondido atrás de anotações sobre a aula ou de só observar alguma coisa que está sendo projetada ou falada. Você vai se movimentar, receber o movimento, ver o que vai fazer com ele, vai dar de volta... é assim: recebe, dá de volta, recebe, dá de volta, é a vida! É onde você vê o ser humano na sua vulnerabilidade. Então, para mim, dar aula de dança é saber entender essa vulnerabilidade e saber lidar com todas as diferenças nessa área, que eu chamo de vida. É importante entrar numa aula de dança sabendo que ali é uma fatiazinha da vida de cada um que está ali dentro. Você vem com um conteúdo, baseado em muitas coisas, como grade curricular ou plano de curso, e vai ver como ele será transmitido para aquela fatiazinha de vida que está com você naquele período de tempo. Você entra num fenômeno chamado aula de dança. Não esquecendo a essência daquilo, eu gosto de abordar a dança como arte, puxar o que existe de expressividade nos seres humanos que estão ali comigo.

 

P: Depois do doutorado, você decidiu ficar fora do Brasil por mais tempo?

 

Terminei meu doutorado e decidi que voltar para o Brasil seria algo errado por causa da mudança que estava acontecendo no curso de Educação Física da Ufes, onde eu iria passar só pela superfície da dança... Achei que eu ficaria frustrada. Pedi exoneração e resolvi me inscrever nas vagas para professor universitário que existiam nos Estados Unidos. Decidi me inscrever com orientação da minha professora e orientadora, chefe de departamento e grande amiga, Penny Hanstein.

Lá eu conheci muita gente, tinha uma rede de conexão muito ampla e muito boa. Por outro lado, nunca deixei de vir ao Brasil, porque também minha pesquisa de doutorado era um estudo cultural, a pergunta era a seguinte: qual é a essência da nossa cultura nas danças dos trabalhos das companhias de dança contemporânea em Vitória? Como estavam trazendo a cultura para o trabalho deles? Então eu vinha muito a Vitória, fazia pesquisas de campo. Mas, todas as vezes que eu vinha, pensava que a Ufes parecia ser totalmente fora do que eu estava fazendo naquele momento.

Logo foi oferecido um contrato para mim na Carolina do Norte, na University of North Carolina e eu entrei como professora lá. Como eu era brasileira, incluíram também no currículo disciplinas específicas para eu ministrar, como formas de movimentos brasileiros, onde eu podia dar um pouco de capoeira, qualquer dança brasileira que eu quisesse. Dei aula também de outras disciplinas.

 

P: Como surgiu o Latina Dance Project?

 

Essas disciplinas que eles pediram que eu desse me abriram mais culturalmente. E eu tinha conhecido uma pessoa ainda no doutorado, a Juanita Suarez, que nasceu no México, quase na fronteira com o Texas, e que cresceu com as duas culturas, a mexicana e a americana. Chegou, então, uma época em que eu estava dando aula e quis montar um trabalho mostrando latinidade, e resolvi chamar Juanita para vir comigo, como duas solistas, em um espetáculo meio a meio, alternando um solo dela, um solo meu, depois a gente bateria papo com a plateia. Aí convidamos também a Licia Perea e a Eva Tessler (e posteriormente seu marido, José Garcia Davis). Cada uma de nós estava morando num estado diferente. A gente escolhia um tema e desenvolvia os solos; se reunia uns três dias antes de apresentar, ensaiava e apresentava. Por isso, começamos a chamar de “Latina Dance Project”. Era uma delícia quando a gente se encontrava. Viramos uma família.

Esse projeto continuou por muitos anos, começou em 2001 e foi sem interrupção até 2013. Em 2014, eu já estava aqui, houve um evento nos Estados Unidos, eu fui participar e nós nos reunimos de novo, e em 2015 eu trouxe, pela terceira vez, a companhia para o Brasil para um evento aqui (eu já tinha trazido em 2011 e em 2012).

 

Foto: Steve Clarke

P: O seu solo inicial era sobre algum assunto específico? Qual o nome?

 

Eu fiz vários solos com eles. O primeiro que eu fiz foi “Momentos de uma Paneleira”. O tema era “filha e mãe”; na mesma hora me veio a certeza de que a vida das paneleiras é em família, as crianças seguindo as mães... Dito e feito. Eu vinha demais ao Brasil, pesquisei, conversei, e era isso. Não quis contar a história das paneleiras, coloquei “Momentos de uma Paneleira”, como se fosse uma galeria. Em inglês, “Moments of a Paneleira”.

 

P: Assim que você voltou de novo para cá, criou o Projeto EluzArtes? Como ele surgiu?

 

Eu parei de usar o nome “companhia”. Eu vim para cá em 2009. O Latina Dance Project ainda existia. Nós começamos a fazer tanto dança-teatro, que resolvemos incorporar ao nome, que ficou Latina Dance Theater Project (LDTP).

Quando eu vim para cá, essa companhia estava em muita agitação ainda, tanto que eu me mudei para cá e voltei no mês seguinte para apresentar lá. Três meses depois eu fui de novo, fiquei um tempão assim. Quando vim para cá em 2009, a ideia não foi minha de criar uma companhia. A ideia saiu de bailarinas que já dançaram comigo no grupo Axis, da Ufes. No início, não tinha nem meu nome, era projeto MECA, porque eu queria só bailarinos maduros, queria explorar Maturidade, Experiência, Corpo e Arte.

 

P: E essas ex-alunas já estavam com mais idade?

 

Já estavam com mais de 40. E eu já ia entrar nos meus 50. Aí comecei a focar na maturidade. Dançamos na Europa em 2010, em Portugal e na Espanha. E elas ficaram “Eluza, tem que botar o seu nome, esse negócio de projeto MECA não dá...”, então mudou-se para projeto EluzArtes, e começamos a tratar essa companhia e a outra companhia dos Estados Unidos como companhias irmãs. A gente procurava fazer coisas juntas e fizemos! Até 2015, isso funcionou. Hoje só estou com a daqui.

No projeto EluzArtes, somos em três. Uma na faixa dos 50, outra na faixa dos 60 e outra na faixa dos 70. Meu foco hoje é a maturidade, entender a vida – como dança – na maturidade. Somos eu, Lalau Martins e Maria Helena Braga. Não existe uma diretora, trabalhamos colaborativamente, trocamos ideia para tudo, todas somos diretoras, sendo que Lalau também pegou a produção.

 

P: Queria que você falasse um pouco sobre qual a importância de abordar a maturidade na dança, e o que vocês têm descoberto nesse sentido?

 

Nós estamos dançando ainda. Então a gente acredita piamente que o tempo passa, que você vai mudar com a idade, a sua dança não é a mesma de quando você era nova, mas isso não significa que o valor dela diminua. A nossa maturidade é muito valiosa na área da dança e tem muito ainda a enriquecer. Olhe para nós. Nós estamos aqui fazendo. É feio? Estamos nos ridicularizando? Tem muita gente nova que olha e fala que somos uma inspiração, e nós, quando trazemos algumas pessoas mais novas para trabalhar com a gente (porque a gente traz), a gente está sendo revigorada pela juventude delas, então é uma troca; os jovens sentem-se inspirados, e nós nos sentimos revigoradas. A maturidade é isso, não é que acabou a vida, que não se pode mais dançar. Você não faz mais aquilo que fazia jovem, mas o que mais você faz? Existem outras possibilidades. O movimento é muito amplo, o corpo é algo muito rico. Esse é nosso lema. A gente mescla teatro, literatura, dança, etc, por isso que é projeto EluzArtes, não é nem projeto “EluDança”. Nosso interesse são as artes de modo geral.

 

P: Antes da pandemia, em 2019, aconteceu o projeto DançIdade. Como foi a experiência dessa mostra?

 

A gente tem vários espetáculos soltos, mas pensamos que também há outras pessoas da maturidade que têm espetáculos soltos, então decidimos juntar isso tudo num festival de dança e maturidade, daí o DançIdade. Foi um festival que teve várias apresentações, a gente só convidou para o palco pessoas maduras, sugeri trazer dos Estados Unidos um casal, formado por dois homens, Bill Evans e Don Halquist. O Bill tem 80 anos e ainda dança, é muito ativo, dá aula, é inspirador, e o marido dele, Don, tem 59 anos. Também trouxemos Sueli Guerra, do Rio de Janeiro, e do Espírito Santo só convidamos artistas maduros, como a Carla van den Bergen, o Elídio Netto, Gil Mendes, entre outros. Reunimos esse povo para mostrar que nós não morremos na dança, não, e como vale a pena!

 

P: Nesses tempos de pandemia, como vocês têm feito?

 

Nós estamos mantendo a companhia. Estamos fazendo aula, ensaiando e criando trabalhos pelo Zoom. Não está sendo fácil, mas não nos arriscamos de outra forma. No ano passado criamos um trabalho que está no nosso canal do YouTube: “Solevamos Juntas”. O verbo solevar significa erguer-se. Foi a partir de uma música de um compositor americano amigo meu, cujo título pode ser traduzido como juntas nos erguemos. Estávamos tentando estar com a outra, dar apoio uma à outra.

 

P: Quais são os planos daqui para frente?

 

Nós estamos em atividade. Além disso, há vários projetos a serem realizados se forem aprovados em editais. E a gente tem feito as danças circulares; o grupo EluzArtes em Roda se reúne pelo Zoom, apesar de não podermos dançar de mãos dadas. Quando acabar a pandemia, o grupo de roda vai voltar a acontecer. Quem me inspirou a criar o EluzArtes em Roda foi a Fátima Aguirre Ramos, comecei a fazer com ela, é muito lindo. Me encantei e propus uma parceria com dança contemporânea e dança circular. Ela levou algumas pessoas da dança circular, eu levei da dança contemporânea, e a gente fez esse casamento. Já nos apresentamos em vários lugares.

 

P: O que é a dança para você, e por que dançar?

 

Dança é vida, a dança é a vida; é a melhor maneira de se entender, de se conectar, de se colocar nessa vida. Tem aquela coisa mais pragmática – melhora a funcionalidade corporal e a expressividade. Só que tem essa coisa mágica, que é até mais importante, que é você se conectar com a vida, com o outro, com o universo. Qual é meu lema na vida? Dançar, dançar, ver dançar, dançar, dançar, ver dançar...

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